Casos de dengue caem quase 55% na Baixada Santista com ações preventivas e vacinação

Por Beatriz Pires em 11/08/2025 às 06:00

Reprodução/Agência Brasil
Reprodução/Agência Brasil

Campanhas de vacinação e medidas preventivas contribuíram para uma redução de 54,93% nos casos de dengue na Baixada Santista. Os dados foram fornecidos pelas prefeituras de Santos, Praia Grande, Mongaguá, Peruíbe e Guarujá, e comparam o primeiro semestre de 2025 com o mesmo período de 2024.

A queda se deve, principalmente, ao reforço no monitoramento de áreas críticas, com cobertura ampliada e antecipada, o que ajudou a evitar focos do mosquito transmissor.

Peruíbe registrou a maior redução proporcional entre os municípios. Em 2024, foram confirmados 1.974 casos da doença; em 2025, esse número caiu para 400, representando uma queda de 79,74%. Segundo a Prefeitura, o principal fator para essa melhora foi o reforço nas ações de combate ao Aedes aegypti, com foco na prevenção da proliferação do mosquito.

Em julho, foi realizada a terceira Avaliação de Densidade Larvária (ADL), que orienta medidas localizadas de controle. Neste ano, as campanhas de conscientização e vacinação começaram mais cedo.

Em Mongaguá, foram registrados 293 casos, 13,57% a menos que no primeiro semestre de 2024. A vacinação está disponível em todas as nove Unidades Básicas de Saúde (UBSs), de segunda a sexta-feira, das 9h às 15h, para pessoas entre 10 e 14 anos.

Santos apresentou uma queda de 16,74% nos casos, a segunda menor redução entre as cidades analisadas. De janeiro a julho de 2024, foram contabilizados 4.653 casos; em 2025, o número caiu para 3.874. A Prefeitura destaca que a colaboração da população tem sido essencial, com muitos moradores permitindo a entrada dos agentes para a identificação de focos e eliminação de criadouros.

Além das visitas domiciliares, Santos também investiu na vacinação de crianças entre 10 e 14 anos, em ações de nebulização em áreas com maior incidência do mosquito e em vistorias em locais de grande circulação, como escolas, shoppings, borracharias e ferros-velhos. Palestras e campanhas educativas também fazem parte da estratégia.

Praia Grande registrou uma redução de 65,80% nos casos, além de um recuo de 70% no índice larvário em comparação com janeiro deste ano. O município adotou medidas como o uso de armadilhas em pontos estratégicos, que permitem a catalogação das espécies de mosquito, e a soltura do peixe Lebiste (ou Barrigudinho), que se alimenta das larvas do Aedes aegypti.

Moradores podem solicitar a soltura dos peixes ou denunciar focos de dengue por meio da Ouvidoria SUS, pelo telefone (13) 3472-9764. Cerca de 42% da população entre 10 e 14 anos já recebeu a primeira dose da vacina. Quanto à segunda dose, mais de 18% do público-alvo foi imunizado. A vacina está disponível nas 31 Unidades de Saúde da Família (Usafas), de segunda a sexta, das 9h às 16h.

Guarujá também alcançou uma redução expressiva nos casos. Em 2024, foram 8.450 registros no primeiro semestre; neste ano, o número caiu para 2.623 — uma queda de 69%. O município promoveu ações de vacinação em oito escolas públicas, vacinando mais de 500 crianças. Além disso, utiliza os peixes barrigudinhos (Poecilia reticulata) como aliados na eliminação de larvas em locais de difícil acesso.

Durante o período de menor incidência da doença, Guarujá tem realizado pesquisas larvárias em diferentes bairros para mapear a infestação e planejar novas ações com base nos dados obtidos.

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