Governo recomenda evitar comércio e consumo de moluscos na região após contaminação por algas

Por Santa Portal em 13/08/2024 às 16:00

Divulgação/Defesa Agropecuária de SP
Divulgação/Defesa Agropecuária de SP

O Governo de São Paulo recomendou evitar o comércio e consumo de moluscos bivalves (mariscos, ostras e vieiras) no litoral de São Paulo por conta da floração da alga Dinophysis acuminata, que é altamente tóxica. A decisão foi publicada em uma nota técnica conjunta no Diário Oficial do Estado nesta segunda-feira (12).

De acordo com o documento, amostradas coletadas pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) nas praias do Guaraú, em Peruíbe; Balneário Gaivotas, em Itanhaém e Canto do Forte, em Praia Grande, detectaram presença da Dinophysis acuminata acima do valor máximo permitido. A alga também foi encontrada na praia de Itapitangui, em Cananéia.

Segundo o Governo de São Paulo, a recomendação do comércio acontece por meio da interdição cautelar dos estoques de moluscos disponíveis nos estabelecimentos comerciais do Estado provenientes das quatro cidades, produzidos a partir de 30 de julho.

A medida é preventiva e deve ser seguida até que os novos resultados das análises sejam liberados atestando a segurança para o consumo dos moluscos. Novas coletas serão realizadas nas áreas de cultivo para avaliar a presença da alga.

Maré Vermelha

De acordo com a Defesa Agropecuária de São Paulo, a maré vermelha é um fenômeno natural que provoca manchas de coloração escura na água do mar. As manchas são causadas pelo crescimento excessivo de algas microscópicas em um processo chamado de floração.

“As florações de microalgas se caracterizam pelo crescimento abrupto de algumas espécies de algas no ambiente aquático, formando manchas de colorações variadas e ocasionalmente espuma nas águas. Surgem naturalmente nos oceanos e alteram as condições ambientais, podendo causar mortalidade de peixes e representar riscos à saúde humana, com ameaças à balneabilidade das praias e acúmulo de toxinas nocivas à saúde humana em espécies marinhas, especialmente ostras e mexilhões”, explica Ieda Blanco, médica-veterinária e gerente do Programa Estadual de Sanidade dos Animais Aquáticos (PESAAq).

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