Pessoas são o "elo fraco" na segurança de dados das empresas do setor portuário e marítimo
Por Noelle Neves em 05/11/2021 às 13:25
As pessoas são o elo fraco na segurança de dados das empresas do setor portuário e marítimo. Essa afirmação é da IT Manager no Brasil Terminal Portuário S/A, Fabiana Morgante de Alencar. Portanto, para promover maior segurança, é preciso aumentar a maturidade digital dos colaboradores.
“Quando falamos de segurança digital nas empresas, precisamos pensar em dois pilares: pessoas e empresa. É fundamental aumentar o conhecimento dos trabalhadores e informar sobre como usufruir da tecnologia sem gerar um risco”, explicou.
De acordo com ela, um trabalho de capacitação precisa ser feito para que todos se tornem especialistas na questão de segurança e ajudar na luta contra os ataques cibernéticos.
“Precisam entender que todos os colaboradores são responsáveis pelas informações de uma empresa. A postura precisa estar coerente com isso. Um exemplo é nunca usar o endereço de e-mail corporativo em sites de compra, porque há uma probabilidade de vazamento grande”, enfatizou.
No que diz respeito a empresa, Alencar considera fundamental ter ferramentas para controle de dados, além de sistemas de criptografia e duplo fator de autenticação. “Precisam ser incorporadas ferramentas que garantam a segurança de maneira mais eficaz”.
O advogado Leandro Bissoli acredita que também é preciso investir em infraestrutura, com computadores e smartphones seguros. “Isso ajuda a proteger não só as informações, mas o próprio trabalhador. Nos EUA, temos relatos de ataques a sistemas de hospitais, prejudicando os pacientes”, disse.
Bissoli reforça que os ataques vão ocorrer mais cedo ou mais tarde. Segundo ele, houve um aumento de 450% de ataques cibernéticos. “No ranking da ONU, estamos em 15º nos países que mais são atacados. O importante é ter um TI preparado para lidar com isso”, concluiu.
III Congresso de Direito Marítimo e Portuário
O painel do III Congresso de Direito Marítimo e Portuário, que irá avaliar o passado, discutir o presente e, por ele, traçar estratégias para o Porto de Santos, contou com a palestra do Ministro Guilherme Augusto Caputo Bastos, do Tribunal Superior do Trabalho (TST), sobre a imprescindibilidade ou não do OGMO na contratação de trabalhador avulso.
O presidente da mesa foi o Sócio na Representações Proinde Ltda, Carlos Augusto Cabral, e a mediação ficou por parte do advogado, Werner Braun Rizk.
O evento, iniciativa da Associação Brasileira do Direito Marítimo (ABDM), está sendo realizado pela Universidade Santa Cecília (Unisanta) e Sistema Santa Cecília de Comunicação.
Foto: José Luiz Borges/Divulgação