Prefeito de Guarujá negocia parcelamento de dívida de mais de R$ 300 milhões com fornecedores
Por Rodrigo Cirilo em 11/01/2025 às 18:00
O prefeito de Guarujá, Farid Madi (Podemos), relatou que assumiu o comando da cidade em meio a uma situação financeira preocupante. Com uma dívida superior a R$ 300 milhões deixada pela gestão anterior, o novo chefe do Executivo busca soluções para equilibrar as contas públicas e garantir a continuidade dos serviços essenciais. Entre as medidas anunciadas está as propostas de parcelamento do débito com fornecedores em até mais de 36 meses.
Farid reconheceu que a transição foi tranquila, mas ressaltou que muitas informações detalhadas sobre as finanças só vieram à tona após assumir o cargo. Uma das prioridades da nova gestão é revisar contratos firmados anteriormente, função da Comissão de Promoção da Eficiência do Gasto Público do Município, oficializada no dia 1º de janeiro.
O prefeito citou como exemplo contratos da área da saúde, onde foram identificadas irregularidades como médicos escalados para mais de 70 plantões mensais, algo inviável na prática. “Vamos readequar esses contratos. Não vou dizer uma auditoria, mas fazer uma análise profunda para readequar os contratos e garantir que o dinheiro público seja usado de forma racional”, afirmou em entrevista ao Bom Dia Cidades, nesta quinta-feira (9).
Além disso, a Prefeitura deve propor um acordo com empresas responsáveis por serviços essenciais, como coleta de lixo, para evitar interrupções. “Precisamos que essas empresas entendam a situação e aceitem um parcelamento, enquanto garantimos os pagamentos futuros”, disse.
Foco em saúde, educação e infraestrutura
Com um orçamento de quase R$ 3 bilhões, considerando receita própria e convênios, Farid procura parcerias para diminuir as dívidas e realizar obras de infraestrutura e em unidades de saúde e educação, que estão “quase todas com condições precárias”.
“Nosso objetivo é buscar, por meio de convênios e parcerias com os governos estadual e federal, os recursos necessários para implementar obras urgentes nas áreas de infraestrutura, educação e saúde, entre outras. Realmente são demandas urgentes que a gente precisa atuar de forma rápida para dar uma melhor qualidade no atendimento”, concluiu.