Familiares de turista reconhecem pertences encontrados com corpo em Guarujá
Por Santa Portal em 02/08/2025 às 07:00
A família de Bruno Guilherme Dias Oliveira, de 19 anos, afirmou que os pertences encontrados com o corpo resgatado do mar, na tarde desta quinta-feira (31), em Guarujá, no litoral de São Paulo, pertencem ao jovem, desaparecido desde o último sábado (26). Os parentes vieram de Osasco, na Grande São Paulo, para realizar o reconhecimento formal. No entanto, não puderam ver o corpo, devido ao estado avançado de decomposição.
O Grupamento de Bombeiros Marítimo (GBMar) informou que a identificação será feita por meio de exame de DNA. Contudo, as características físicas e as vestimentas são compatíveis com as do jovem.
O cadáver foi avistado boiando no mar, próximo ao Morro do Maluf. De acordo com o GBMar, o chamado foi registrado por volta das 16h, por meio do telefone de emergência 193. Populares avistaram o corpo na água, em uma área de mar agitado.
O resgate
Segundo os bombeiros, o resgate foi dificultado pelas condições severas do mar, com ondas que ultrapassavam dois metros de altura. “O resgate foi realizado com o máximo de agilidade possível, para garantir que o corpo não desaparecesse na espuma. Assim que conseguimos sair da condição de risco, deixamos o corpo em local seguro, na Praia das Astúrias”, informou o GBMar, em nota.
O corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) de Guarujá para o processo de reconhecimento oficial. A família, que chegou à cidade no início da noite, só poderá realizar o reconhecimento a partir das 11h desta sexta-feira (1º). Os parentes ficarão hospedados em uma pousada local.
Buscas haviam sido encerradas na terça-feira
As buscas por Bruno Guilherme haviam sido oficialmente encerradas pelo GBMar na terça-feira (30), às 18h30, após quatro dias de esforços. O jovem desapareceu enquanto tentava nadar até a Ilha Pompeba, na companhia de amigos, quando submergiu e não foi mais visto.
Desde o primeiro momento, equipes do GBMar mobilizaram uma força-tarefa que envolveu cinco viaturas, embarcações, moto aquática, apoio aéreo com o helicóptero Águia 05 e mergulhadores especializados. As buscas foram inicialmente concentradas na área onde o jovem foi visto pela última vez, a cerca de cinco metros de profundidade, com mergulhos técnicos e rastreamento de superfície.
Diante da ausência de vestígios, a área de atuação foi ampliada, incluindo os arredores da ilha e regiões impactadas por fortes correntezas e ventos que atingiram o litoral nos últimos dias.
De acordo com o tenente Eduardo Campanhola, que coordenou as buscas no local, todos os recursos disponíveis foram empregados, mesmo diante das condições climáticas adversas em Guarujá. “Efetuamos um mergulho de três tempos, a uma profundidade entre cinco e seis metros. Empregamos helicóptero, moto aquática, unidade de resgate e todos os recursos necessários para atendimento pré-hospitalar”, relatou.
A decisão de encerrar a operação seguiu os protocolos técnicos do Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo, que preveem a suspensão das buscas após a exaustão dos recursos e ausência de novos indícios. Ainda assim, o órgão deixou claro que, caso surgissem novas informações – como ocorreu nesta quinta-feira –, os trabalhos poderiam ser retomados imediatamente.