Construção civil sofre retração e demite mais de 150 na região

Por Beatriz Pires em 08/11/2025 às 07:00

O mês de setembro foi negativo para os trabalhadores da construção civil na Baixada Santista, com o setor registrando uma queda de 228,57% na empregabilidade. A área concentrou a maior parte dos desligamentos da região: 153 funcionários foram demitidos, enquanto no mesmo período do ano anterior as admissões se destacavam, com 119 registros de novas carteiras assinadas.

Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), sistema que mede o saldo entre contratações e demissões.

Os desligamentos foram maioria em três das nove cidades da região, com destaque para Cubatão, onde 422 trabalhadores da construção foram demitidos, um aumento de 2.321,05% em comparação com o mesmo período de 2024, quando apenas 19 pessoas haviam sido contratadas. As dispensas no município se concentraram entre os profissionais de instalações elétricas, com 527 desligamentos, número bem superior às 6 admissões registradas em 2024.

Por outro lado, Bertioga apresentou um aumento expressivo de 863,64% nas admissões do setor. No último ano, foram contabilizados 11 desligamentos, enquanto em setembro deste ano o saldo passou a ser positivo, impulsionado por vagas em obras de infraestrutura, com 59 admissões — um crescimento de 3.050% em relação ao mesmo período anterior, quando o saldo mostrava duas demissões.

Santos concentrou a maior parte das admissões no setor no último mês. Em 2024, foram 115 demissões, mas neste ano o cenário se inverteu: 160 contratações, representando uma alta de 239,13%.

Na área de construção de edifícios, o desempenho também foi positivo, com 68 novos empregos formais, um crescimento de 74,36% em relação a 2024, quando foram registradas 39 admissões.

Apesar de manter saldo positivo, São Vicente e Itanhaém registraram menos contratações que no ano anterior. Em São Vicente, foram 27 admissões, 10% a menos que as 30 de 2024. Já em Itanhaém, houve queda de 58,62%, passando de 29 para apenas 12 vagas.

Em Praia Grande e Mongaguá, o cenário foi negativo. Em Praia Grande, as 128 admissões de 2024 foram superadas pelos desligamentos deste ano, representando queda de 173,44% nas contratações. Já em Mongaguá, houve redução de 150%, passando de duas admissões para um desligamento.

Por fim, Peruíbe e Guarujá registraram crescimento no número de contratações no setor, com aumentos de 22,22% e 150%, respectivamente. Em Peruíbe, as admissões subiram de 9 para 11, enquanto em Guarujá o número saltou de 28 para 70.

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