Buscas pelo soldado Luca Romano continuam após 21 dias
Por Santa Portal em 05/05/2024 às 08:00
O soldado da Polícia Militar (PM) Luca Romano Angerami segue desaparecido mesmo após 21 dias de buscas pela região. O PM desapareceu na madrugada do dia 14 de abril, e teve seu carro encontrado abandonado às margens da Rodovia Cônego Domênico Rangoni.
Desde então, a Polícia Civil, com o apoio da Polícia Militar, tem realizado diversas incursões no Santo Antônio, bairro em que o PM foi visto pela última vez, e também na comunidade da Vila Baiana, na Enseada, onde foi encontrado um cemitério clandestino e várias ossadas e corpos foram desenterrados pela polícia.
No total, oito suspeitos de terem participado do sequestro de Angerami foram presos pela investigação. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP), o policiamento na região foi reforçado para aumentar a segurança na região e também para auxiliar nas buscas pelo soldado desaparecido. As investigações seguem em curso
Relembre o caso
O policial militar Luca Romano Angerami desapareceu na madrugada de 14 de abril, em Guarujá. Lotado no 3º BPM/M, na Zona Sul de São Paulo, o PM teve o seu Toyota Corolla prata achado abandonado às margens da Rodovia Cônego Domênico Rangoni, em Guarujá. O carro estava na altura do km 7.
A Polícia Militar (PM) encontrou sete corpos em cemitérios clandestinos e um imóvel abandonado até a última segunda-feira (29). Seis corpos foram encontrados em cemitérios clandestinos no Morro da Vila Baiana, em Guarujá – cinco na última semana. Ossadas humanas de um casal foram achadas no dia 22, também na Vila Baiana.
O desaparecimento do policial militar segue em investigação pela Polícia Civil com apoio da Polícia Militar. Segundo a SSP, houve incremento do efetivo na região para reforçar o policiamento e a segurança, além de auxiliar nas buscas pelo soldado.
O que se sabe sobre sumiço de PM
A Polícia Civil trata o caso como homicídio, já que dois suspeitos presos dizem que o PM foi assassinado. Em conversa pelo WhatsApp, um dos presos indica ligação com PCC e afirma que PM foi morto. Já o outro preso, Edivaldo Aragão, diz que o soldado foi baleado e jogado em um rio em São Vicente após ter as pernas amarradas. Eles foram presos por suspeita de envolvimento nos crimes de homicídio, sequestro, roubo e tráfico de drogas.
Aragão disse que Angerami “estava muito louco” e foi abordado por pessoas ligadas ao tráfico de drogas “porque tinha uma mulher gritando no carro”. Em depoimento, o irmão de Angerami havia dito que o PM teria ido a um estabelecimento. De lá, teria mandado mensagem para uma mulher que também estava no local.
O carro do PM, um Corolla de cor prata, foi encontrado na Rodovia Conego Domenico Rangoni, no Guarujá. O veículo estava aberto, com as chaves no porta-malas e sem o estepe.
A Polícia Civil investiga se carro com cobertor e terra foi usado em sumiço de PM. O objetivo é verificar se há no veículo, encontrado no dia 19, material genético do soldado desaparecido para fazer eventual coleta de DNA.
O pai do PM desaparecido fez um apelo em vídeo publicado em suas redes sociais para que os crimonosos revelem onde seu filho teria sido morto. “Eu quero o corpo, quero chorar o meu filho. Acho que qualquer um entenderia, qualquer pai. Vocês também são pais. Devolve para mim, firmeza? Eu sempre foi sujeito homem. Por favor, eu tenho direito de chorar o meu filho”, disse Renzo Angerami, que é investigador da Polícia Civil. O soldado desaparecido é de uma família de policiais. Alberto Angerami, avô dele, já foi delegado-geral adjunto da Polícia Civil de São Paulo.