Especialista em cuidados paliativos explica quadro irreversível de Bruno Covas
Por Marcela Ferreira/#Santaportal em 15/05/2021 às 13:57
SAÚDE – O último boletim informando sobre o estado de saúde do prefeito de São Paulo licenciado, Bruno Covas, de 41 anos, informou que o quadro é irreversível. Covas luta contra um câncer há dois anos, e está internado no Hospital Sírio Libanês, na capital
Segundo o boletim emitido na noite de sexta-feira (14), o prefeito está sob efeito de analgésicos e sedativos, uma vez que o quadro é considerado irreversível pela equipe médica.
A médica especialista em cuidados paliativos do Hospital Ana Costa, em Santos, Tathiana Antonelli Pereira, explica que, em casos como o de Bruno Covas, o tratamento é feito de forma paliativa. Ele já tinha um câncer incurável. O que eles querem dizer com quadro irreversível é que ele está em processo ativo de morte, conta.
Ela salienta que, desde o diagnóstico, já era sabido pela equipe médica que não seria possível realizar uma cirurgia para remover o tumor, já que trata-se de um câncer metastático, ou seja, sem cura. Apesar do tratamento todo que ele recebeu para tentar diminuir a progressão da doença, ele teve progressão, as metástases aumentaram e apareceram novas metástases, a última dele com derrame pleural.
Ele recebeu tratamento oncológico paliativo desde o diagnóstico, para controle de doença. Ele teve uma sobrevida de quase dois anos e agora, quando eles falam irreversível, é porque ele está em processo ativo de morte, relata.
Apesar de não estar acompanhando o caso de perto, a especialista diz que os casos irreversíveis costumam ter uso de sedativos para evitar sofrimento. O paciente deixa de receber novos tratamentos, já que não haverá mais efeito.
Quando se fala em um quadro irreversível, é porque ele está numa situação em que ele não tem mais condição de fazer nenhum tratamento oncológico, ou seja, ele está consumido pela doença, diz Tathiana. Segundo a médica, não há reanimação após o falecimento de pacientes nesta situação.