19/07/2023

Dólar ronda estabilidade de olho em inflação e política monetária

Por Folha Press em 19/07/2023 às 11:47

Marcello Casal Jr/Agência Brasil
Marcello Casal Jr/Agência Brasil

O dólar abriu em estabilidade nesta quarta-feira (19) após ter se mantido estável na sessão da véspera, com investidores balizando as apostas sobre os próximos passos da política de juros nos Estados Unidos.

O mercado repercute nesta manhã dados de inflação na Europa, também buscando pistas sobre possíveis aumentos de juros na região. O Banco da Inglaterra, por exemplo, surpreendeu ao promover um aumento de 0,50 ponto nas taxas do país em sua última reunião e aumentou a aversão ao risco no mundo.

Às 9h05 (horário de Brasília), o dólar à vista avançava 0,04%, a R$ 4,8109 na venda. Na B3, às 9h05 (horário de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,09%, a R$ 4,8205.

A Bolsa brasileira registrou queda de 0,31% e fechou aos 117.841 pontos na terça-feira (18), pressionada por baixas de ações da Vale e da Petrobras numa sessão marcada por volatilidade.

Já o dólar chegou a registrar queda após a divulgação de dados do varejo nos Estados Unidos, mas se recuperou e terminou o dia praticamente estável, cotado a R$ 4,808.

os mercados futuros continuaram a cair e deram fôlego a empresas da Bolsa brasileira. Os contratos de juros com vencimento em janeiro de 2024 foram de 12,79% para 12,76%, enquanto os para 2025 caíram de 10,79% para 10,74%.

As ações de “small caps”, empresas menores e mais ligadas à economia doméstica, tiveram alta e apoiaram o Ibovespa. O índice que reúne essas companhias subiu 0,61%.

As maiores altas do dia ficaram com as empresas de educação Yduqs e Cogna, que subiram 7,10% e 3,76%, respectivamente.

Apesar do auxílio dos juros, o Ibovespa teve volatilidade ao longo do dia e firmou desempenho negativo, pressionado principalmente por baixas em ações da Vale (0,63%) e da Petrobras (0,55%), as maiores da Bolsa, mesmo em dia de alta das commodities no exterior.

Quedas de Itaú (1,94%) e Ambev (1,14%), que também ficaram entre as mais negociadas, fizeram pressão adicional no índice e consolidaram o resultado negativo da Bolsa.

A maior queda foi da JBS, que perdeu 2,82% em dia de baixa para o setor de proteínas -a Minerva e a Marfrig, por exemplo, caíram 2,03% e 2,04%, respectivamente. Na segunda (17), o Japão suspendeu a importação de carne de frango de Santa Catarina após caso de gripe aviária.

O volume financeiro do pregão somou R$ 18,6 bilhões, abaixo da média diária de R$ 25,9 bilhões no ano. Em julho, a média está em R$ 24,2 bilhões.

A Bolsa brasileira tem operado nos últimos dias com um volume baixo, com agentes financeiros aguardando incentivos para novas compras, mas também sem motivação para vender ações.

loading...

Este site usa cookies para personalizar conteúdo e analisar o tráfego do site. Conheça a nossa Política de Cookies.