Especialista comenta participação de Ana Marcela Cunha na maratona aquática em Tóquio
Por Marcela Ferreira em 03/08/2021 às 22:17
A coordenadora da natação da Universidade Santa Cecília (Unisanta), Rosa do Carmo, avaliou a participação de Ana Marcela Cunha, nadadora da Unisanta, que disputou a maratona aquática nas Olimpíadas de Tóquio nesta terça-feira (3), e garantiu sua primeira medalha de ouro em Olimpíadas. Ela ressaltou a estratégia utilizada pela nadadora e foi só elogios pelo ouro conquistado.
Rosa afirma que Ana Marcela está em um bom momento físico e psicológico. “Ela já ganhou mundial, pan, sul americano, mundial militar, só estava faltando a cereja do bolo, e torcemos muito para que fosse hoje”, disse a especialista.
“Ela sabia muito bem o que estava fazendo, teve uma estratégia fantástica, e a Ana Marcela tem uma coisa bem interessante, que ela é muito inteligente. Ela já se posicionou no começo no pelotão da frente, e estava com um ciclo de braçada muito bom, levando isso até o final. O que ela precisou tomar cuidado foi com a marcação”, comentou.
Rosa ainda ressaltou que as nadadoras americana e italiana eram grandes concorrentes. Apesar disso, quem dividiu o pódio com a brasileira foram a holandesa Sharon van Rouwendaal e a australiana Kareena Lee.
Na primeira passada, Ana Marcela recusou a hidratação, o que chamou a atenção. “Acredito que foi uma estratégia, ela pode ter se hidratado antes e, para manter a colocação, optou por não pegar a hidratação. Mas também, eles levavam sachês presos ao maiô, e se houvesse necessidade, ela poderia pegar e tomar aquele líquido, e não teria perda nenhuma. São estratégias, porque ela é muito minuciosa. Esses diferenciais são o que levam ela à frente de todo mundo”.
Outra estratégia citada pela especialista foi o ‘sprint’ no final da prova. “Muita gente pensa que o sprint só acontece no atletismo, mas também existe na natação. No fim, é a hora da estratégia mesmo, colocar o sprint no final. Eles ficam marcando, um ‘cozinhando’ o outro, porque não pode gastar a energia antes, a perna não pode entrar tão vigorosa antes porque vai faltar no final. Então é tudo estratégia”, disse.
Sobre o ouro, a especialista vibrou junto com a torcida da Unisanta. “É uma emoção muito grande, eu já chorei, gritei, pulei, é indescritível. Eu imagino a felicidade dos pais dela. Como eu havia dito, a Unisanta e o Marcelo Teixeira mereciam essa medalha também, por ter acreditado nela quando ela tinha apenas 14 anos.”
Confira a participação da coordenadora da natação da Unisanta, Rosa do Carmo, no Caderno Regional como comentarista da prova da maratona aquática dos 10 km nas Olimpíadas de Tóquio.