Sindicato de motoboys de SP quer propor motociata pró-Lula

Por Paula Soprana/Folhapress em 11/08/2022 às 15:40

Danilo Verpa/Folhapress
Danilo Verpa/Folhapress

Após encontros com a campanha do PT, o Sindimoto-SP (Sindicato dos Motoboys de São Paulo) cogita fazer uma motociata pró-Lula “em um momento oportuno da eleição”, segundo o presidente Gilberto Almeida dos Santos.

“Tive a ideia de organizar um grande evento de moto, porque os feitos por Bolsonaro são sempre com empresários. Nós faremos com motoboys”, afirmou o presidente, também conhecido como Gil.

Ele não apresentou a ideia formalmente ao PT. Diz que tem ressalvas sobre incluir Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Geraldo Akckmin (PSB) no evento devido à segurança dos dois.

O tema não foi discutido no partido. O ex-presidente sempre criticou a postura do rival Jair Bolsonaro (PL) por promover motociatas com dinheiro público e em momentos críticos da pandemia de Covid-19.

Em evento em abril, ao lado de Geraldo Alckmin, Lula acenou aos trabalhadores de aplicativos ao levantar uma bandeira do Sindimoto-SP.

Depois, dois motoboys ligados ao sindicato foram convidados pela campanha para a propaganda do PT “Que Brasil você quer?”, que exibe imagens de dois Brasis, um associado ao governo de Bolsonaro e um almejado por Lula.

“Tentaram encontrar solução vendendo a ideia de que os companheiros que trabalham com aplicativo são pequenos empreendedores, porque é uma palavra bonita, todo mundo quer ser”, disse Lula, em discurso, no qual também afirmou que era inviável ser empreendedor “sem dinheiro para cuidar da família” e sem direitos como licença e descanso.

No fim de julho, a diretoria do SindimotoSP se reuniu com Alckmin. Na ocasião, o candidato à vice na chapa de Lula sinalizou que, na sua avaliação, não há necessidade de criar novas leis para atender a categoria, mas que é preciso proteger as leis trabalhistas.

O PT conta com o apoio do sindicalismo para a eleição. Uma das propostas da legenda é discutir uma reconfiguração do papel dos sindicatos nas relações trabalhistas e a volta da obrigação da participação dessas entidades nas negociações com empresas, alteração da reforma trabalhista aprovada no governo de Michel Temer (MDB), em 2017.

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