História do Complexo Educacional Santa Cecília tem legado de conhecimento e conquistas
Por Santa Portal em 25/07/2022 às 22:00
A história do Complexo Educacional Santa Cecília é permeada por conquistas e reforça a importância do conhecimento através das gerações. A importância de proteger a história da instituição é fundamental para manter viva a memória e imortalizar todos os feitos e o legado de 61 anos.
O Sistema Santa Cecília de Comunicação, nesta semana, irá contar como o complexo Santa Cecília vai imortalizar todo esse legado. Você descobre como ao longo das reportagens, até o fim desta semana.
A possibilidade de viajar no tempo é algo que seduz a humanidade há algum tempo, o que podemos ver em filmes, livros e outras obras. E se fosse realmente possível ver o que vai acontecer lá na frente, visitar memórias que construíram histórias, famílias que formaram a sociedade? As primeiras matrículas, a mesa do fundador, e um telefone que começou toda a história, a história da Unisanta é como um filme de ficção que se tornou realidade.
Tudo começou em uma casa na Avenida Rodrigues Alves, um improvável ponto inicial para a história da Santa Cecília. Uma família teve coragem de vender a própria casa para comprar uma escola e atender um verdadeiro chamado.
“O meu pai e minha mãe nos reuniram em uma mesa da sala da nossa casa, porque a gente sempre participou muito de todos os problemas, não interessava a idade, isso era conversado. Explicaram que iriam vender a nossa casa, em que nós estávamos há pouco tempo, que foi comprada com muito sacrifício deles, e ainda estavam pagando, e que precisaríamos ir para outro lugar, para comprar uma escola”, relembra Lúcia Teixeira, diretora-presidente do Instituto Superior de Educação Santa Cecília.
A irmã, Silvia Teixeira, que é reitora da Universidade Santa Cecília, também se recorda dos detalhes da história, e do momento em que precisaram deixar os próprios pertences na escola. “Para lá se transferiram tudo que nós tínhamos, a vitrola, nossos pianos, nossos livros, então o Santa Cecília significou sempre a extensão daquilo que mais amávamos”.
O presidente do Conselho de Administração da Unisanta, Marcelo Teixeira, também lembra da lição de vida que a experiência deixou. “Vender a sua própria casa, adquirida há meses, para comprar o Santa Cecília, naquele instante nós percebemos que o preço, o custo, o dinheiro, fala menos do que os sonhos. Aquilo foi uma lição de vida para nós.”
Assim que a família fechou negócio, as atividades começaram na escola primária. Nilza Pirilo Teixeira recorda da primeira visita que fez à casa, junto do fundador Milton Teixeira, seu marido. “Fui com o Milton para ver qual era a linha, e aí a moça falou que, de fato, estava vendendo. Nós vimos o colégio e na hora tinha até algumas crianças brincando. Eu achei bonito as crianças no colegio, e ela disse ‘pois é, mas infelizmente está à venda’”.
Emília Maria Pirilo, irmã de Nilza, também teve papel fundamental na história. Ela foi a primeira diretora do Colégio. “Eu, como professora, na época fui a primeira diretora. Eu gostaria de destacar muito mesmo, de coração, essa confiança que nós tivemos das famílias, que acreditaram no nosso trabalho. Foi um trabalho de base, um trabalho de muita responsabilidade, de caráter, que tivemos com uma educação, uma base familiar muito grande”.
O legado que fica desta história é o do conhecimento. Para Silvia Teixeira, a família sempre encarou a educação como ferramenta de transformação. “Eu diria que é o legado é deixar alguma coisa que seja um bem mais palpável que a cultura. Hoje nós vivemos em época de pandemia, vimos como a ciência pode transformar o mundo, então é fazer com que tudo isso esteja revelado através do conhecimento, que seja de alguma forma aplicado. Esse é o Santa Cecília, o conhecimento não é algo inatingível, não é um bem que você pode guardar numa gaveta, mas é algo que você pode compartilhar”, finaliza.