Mirada: Espetáculo Vila Parisi reestreia neste final de semana em Cubatão

Por Valentina Tilly/Santa Portal em 16/09/2022 às 11:36

(Foto: Divulgação/Coletivo 302)
(Foto: Divulgação/Coletivo 302)

Criado e encenado pela primeira vez em 2019, o espetáculo teatral Vila Parisi, do Coletivo 302, retorna a Cubatão neste sábado (17) e domingo (18), dentro da programação do Mirada Festival Íbero-Americano de Artes realizado pelo Sesc Santos. Com entrada franca, a apresentação acontece a partir das 19h, na Praça do Cruzeiro Quinhentista.

O Coletivo é formado por sete artistas de Cubatão e surgiu da necessidade de resgatar memórias ancestrais e ressignificar a construção do imaginário sobre seu povo e território de atuação, em 2014. Além disso, a criação de suas obras flui de processos colaborativos e de intervenções em espaços públicos.

Espetáculo Vila Parisi estreia neste final de semana em Cubatão
(Foto: Divulgação/Coletivo 302)

Sobre a peça Vila Parisi

O espetáculo, montado pela diretora Eliana Monteiro, faz parte de uma trilogia teatral chamada Projeto Zanzalá, que visa contar sobre a transformação de um pacato vilarejo rural até tornar-se uma zona industrial, e suas consequências.

“A primeira história foi sobre a Vila Parisi, bairro que deixou Cubatão conhecido como Vale da Morte, por conta dos processos de industrialização e violências cometidos com toda a biodiversidade da cidade”, afirma o ator e colaborador do Coletivo, Sander Newton.

Além disso, a perspectiva de vida de operários que saíram de suas cidades atrás de um sonho foram temas pautados para a construção do roteiro, assim como relatos de ex-moradores da Vila Parisi, que também contribuíram na produção do conteúdo.

Definido pelo grupo como contemporâneo, o objetivo do projeto é de que o público presente participe de uma vasta atividade sensorial, aprendendo mais sobre história.

As próximas apresentações devem contar os acontecimentos dos bairros Vila Fabril, que marcou o processo de industrialização da cidade, e Vila Socó, mais conhecida como Vila São José, onde ocorreu um incêndio de grandes proporções que deixou um grande número de mortos.

Após terem os materiais e equipamentos roubados há alguns anos, o grupo está animado para mostrar todo o trabalho que fizeram.

“Depois de dois anos e meio de pandemia, temos a chance de voltar com a peça. Para nós é um prazer reativar o espetáculo dentro da programação do festival e ser feito no Cruzeiro Quinhentista para o povo da nossa cidade”, afirmou Newton.

Para mais informações e outras programações acesse o site.

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