Em Cubatão, dona de casa relata dificuldades em transportar criança com paralisia cerebral

Por #Santaportal em 02/10/2020 às 10:28

TRANSPORTE COLETIVO – Em Cubatão, a mãe de um garoto de 5 anos, portador de paralisia cerebral, que realiza sessões de fisioterapia em Santos, tem enfrentado problemas para conseguir transportar o filho por meio do transporte público.

De acordo com a dona de casa Cristina Cândido, em virtude da paralisia cerebral, Eduardo não consegue mover os membros inferiores e utiliza cadeira de rodas para se locomover. Por isso, ela precisa, todos os dias utilizar os elevadores das linhas 906 e 917, do transporte público do Município, para levar o garoto às sessões de fisioterapia.

Ela relata que de segunda a sexta-feira, faz uma pequena caminhada até chegar ao ponto de ônibus. Mas essa, segundo ela, não é a maior dificuldade encontrada por ela e pelo filho. O problema começa é quando os dois vão embarcar.

“É o elevador que não funciona, que está quebrado, ou que desce e não funciona, e a gente tem que descer do ônibus. Já é a quarta vez que isso acontece. A gente só quer uma solução”, cobra a dona de casa.

Esta semana, Juliana gravou um vídeo onde registrou a dificuldade que enfrenta todos os dias com o garoto. Ela também gravou os equipamentos com problema.

“É uma situação vergonhosa. É inadmissível o que eu tenho que passar todos os dias, quando eu saio com meu filho de casa. Não estou indo passear, não estou indo brincar. Estou indo para o tratamento dele e eu dependo do transporte. O mínimo que eu peço é uma manutenção digna para o meu filho, pelo menos, chegar ao destino dele com dignidade. E não ter que ficar passando essa vergonha, esse constrangimento toda vez que a gente vai pegar os ônibus”, lamentou.

Resposta

Procurada, a EMTU/SP informou que notificou a empresa BR Mobilidade para reforçar a orientação a seus motoristas para testar o equipamento antes de sair da garagem, procedimento obrigatório ao iniciar a viagem.

Para uma ação mais rápida da EMTU/SP, é importante informar o prefixo do ônibus quando há problemas de funcionamento no elevador, a fim de ser retirado de circulação para uma inspeção mais rigorosa.

A concessionária informa que realiza regularmente inspeções nos ônibus da concessionária BR Mobilidade para verificar cerca de 400 itens relacionados à segurança e manutenção.

“Os elevadores para pessoas com deficiência também são verificados e, se houver problemas na operação desse equipamento, o coletivo fica retido e deve ser consertado no prazo de sete dias, sob risco de sofrer sanções contratuais”, afirma a empresa em nota.

Ainda conforme a EMTU, os passageiros que notarem que o elevador do ônibus está inoperante podem registrar o problema nas redes sociais da EMTU/SP, como Twitter e Instagram, ou no site www.emtu.sp.gov.br, informando o número do ônibus.

 

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