Atletas da Baixada Santista detêm dez medalhas olímpicas; veja quais são
Por Rodrigo Cirilo em 02/08/2024 às 15:00
As medalhas de bronze conquistadas pela judoca vicentina Larissa Pimenta, no último domingo (28) e neste sábado (3), individualmente e por equipe, representaram o nono e o décimo pódio de um atleta natural da Baixada Santista nos 128 anos de Olimpíadas. Destes, quatro vieram de esportistas de São Vicente, outros três de Santos, dois de Guarujá e um de Cubatão.
Além disso, a região também conta com medalhistas radicados ou que treinaram em um dos municípios da Baixada Santista, casos de Ana Marcela Cunha e Poliana Okimoto (atletas da Unisanta, na maratona aquática), Leandro Guilheiro (judô), Beatriz Souza (judô) e Rodrigão (vôlei). Isso sem falar nos jogadores do Santos Futebol Clube, tanto no masculino como no feminino.
O judô também trouxe o único ouro da região, com o santista Rogério Sampaio, na edição de Barcelona, em 1992. Aliás, o campeão olímpico é o chefe de missão da delegação brasileira em Paris. No entanto, divide a posição de esporte mais premiado com o basquete, com três conquistas. Duas delas são de Wlamir Marques, o Diabo Loiro, que, ao lado de Larissa, ambos vicentinos, são os únicos atletas da Baixada com múltiplas medalhas.
Relembre as conquistas
As primeiras medalhas de representantes da Baixada foram do Diabo Loiro, nascido em São Vicente. O ex-jogador de basquete conquistou o bronze nas edições de Roma, em 1960, e Tóquio, 1964, sobre a Itália e Porto Rico, respectivamente. Membro da geração bicampeã mundial em 1959 e 1963, o vicentino é o quarto maior cestinha da história das Olimpíadas, com 537 pontos em 33 jogos.
Já 16 anos depois, o santista Djan Madruga compôs a equipe brasileira no revezamento 4x200m livre de natação que conquistou o bronze na Olimpíada de Moscou, em 1980. Nesta edição, o nadador ficou em quinto no lugar nos 400m medley e antes disso, em Montreal-76, atingiu duas quartas colocações, nos 400m e 1500m livre, ficando próximo do pódio nas categorias individuais. Quatro décadas após a façanha, nenhum outro nadador da Baixada conquistou uma medalha nos Jogos.
Na Olímpiada de Los Angeles, em 1984, o cubatense Milton Cruz conquistou a primeira prata da região, no futebol. Aliás, esta foi a primeira medalha do Brasil no esporte mais popular no País. Na seleção, que perdeu a final para a França por 2 a 0, estavam Gilmar Rinaldi e Dunga, ambos campeões mundiais em 1994. O ex-futebolista é o único atleta de Cubatão a subir no pódio olímpico.
Após a medalha de Milton Cruz, ocorreram dois hiatos de oito anos sem pódios para a Baixada Santista. O primeiro foi rompido por Rogério Sampaio, quando, em sua única participação olímpica, bateu o húngaro Jozsef Csak, com um waza-ari, para conquistar o inédito ouro na categoria até 65kg, em Barcelona-92.
A guarujaense Cláudia Maria das Neves, por sua vez, interrompeu o segundo período de oito anos quando integrou a seleção de basquete feminino que conquistou o bronze, na edição de Sydney, em 2000. Sem Paula e Hortência, líderes da campanha de prata, em Atlanta-96, mas com a armadora Claudinha, o Brasil venceu a Coreia do Sul por 84 a 73, na prorrogação, pela disputa do terceiro lugar.
A última representante de Santos a alcançar o Olimpo foi Juliana Silva. A atleta fez dupla com Larissa França e atingiu o bronze no vôlei de praia, nos Jogos de Londres, em 2012. No jogo pelo pódio, elas venceram as chinesas Zhang e Xue de virada por 2 sets a 1. Esta foi a única aparição da santista nas Olimpíadas, já que em Pequim-2008, ela não participou da competição em virtude de uma contusão.
As últimas três medalhas vieram com o guarujaense Kelvin Hoefler, medalhista de prata na estreia do skate nos Jogos Olímpicos, em Tóquio-20 e a vicentina Larissa Pimenta, medalhista de bronze na categoria até 52kg e na competição por equipes no judô, em Paris-24.
Quadro de medalhas por modalidade
Judô – um ouro e dois bronzes;
Futebol – uma prata;
Skate – uma prata;
Basquete – três bronzes;
Natação – um bronze;
Vôlei de praia – um bronze.
Quadro de medalhas por cidade
Santos – um ouro e dois bronzes;
Guarujá – uma prata e um bronze;
Cubatão – uma prata;
São Vicente – quatro bronzes.
Outros atletas identificados
Além dos atletas da Baixada Santista citados, existem também os esportistas que foram criados ou treinavam com equipes da Baixada enquanto disputavam Jogos Olímpicos. Beatriz Souza, que conquistou o ouro no judô nesta sexta-feira (2) e o bronze por equipes, ao lado de Larissa Pimenta, nasceu em Itariri, no Vale do Ribeira, mas foi criada e começou a praticar judô em Peruíbe.
Poliana Okimoto e Ana Marcela Cunha foram medalhistas na maratona aquática. Poliana nasceu em São Paulo, mas treinou nas dependências esportivas da Unisanta e ficou com o bronze na Olimpíada do Rio 2016. Enquanto Ana Marcela nasceu em Salvador, mas treinava pela Unisanta quando conquistou o ouro nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020. Na próxima quinta-feira (8), ela pode conquistar mais uma medalha como atleta da universidade santista.
Leandro Guilheiro também foi medalhista no judô. O atleta nasceu em Suzano, mas cresceu em Santos. Conquistou o bronze nos Jogos Olímpicos de Atenas 2004. Por fim, Rodrigão é outro medalhista olímpico identificado com a Baixada Santista. O atleta de vôlei tem um ouro em Atenas 2004, além de duas pratas, uma em Pequim 2008 e outra em Londres 2012.