Brasil sofre com a falta de formação de camisas 10

Por Santa Portal em 22/12/2022 às 09:45

Crédito: Pixabay / Divulgação
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A Copa do Catar mostrou que o Brasil, embora tenha uma nova geração talentosa, sofre pela falta de um camisa 10 autêntico. Se antes sobravam jogadores para a posição, agora Tite se viu obrigado a levar Everton Ribeiro como único nome do setor. O próprio Neymar, que usava o número por ser o craque do time, é um jogador de lado de campo.

Dessa forma, com um meio de campo fragilizado, a seleção não conseguiu ter o controle do jogo quando precisava e viu Modric ditar o ritmo na eliminação para a Croácia. Será que em 2026 essa história será diferente? Se você gosta de fazer previsões, fique de olho nos palpites de hoje e desfrute do universo do entretenimento esportivo.

O Brasil, pela primeira vez em muitos anos, chegou à Copa do Catar empolgando os torcedores. Isso porque a nova geração já dava mostras na Europa de que tinha muita qualidade técnica. E apesar de isso ser verdade, a maioria desses jogadores atua no ataque, pelos lados do campo, então disputa posição entre si. Além disso, essa garotada tem muita habilidade, mas um baixo poder de finalização e, por isso, embora quase todos sejam atacantes, fazem poucos gols.

Com deficiências estruturais, a participação do Brasil na Copa do Mundo de 2026 ainda é uma incógnita. Em primeiro lugar, é preciso saber quem assumirá o comando da seleção. E, depois, a pergunta que fica é: os problemas na formação de atletas começarão a ser corrigidos? O Brasil continuará priorizando dribladores em vez de camisas 10 autênticos?

Na Copa de 2002, por exemplo, Luiz Felipe Scolari se deu ao luxo de deixar Alex e Djalminha fora da convocação. Naquela época não faltavam nomes para a posição, e ele levou para a Copa da Coreia e do Japão craques como Rivaldo, Ronaldinho, Juninho Paulista, Kaká e Ricardinho. Atualmente, um Alex ou um Djalminha seriam titulares absolutos da equipe.

Até o momento nada indica que os responsáveis pela formação de novos jogadores tenham percebido um problema tão óbvio do futebol brasileiro atual. O país que deu ao mundo alguns dos principais camisas 10 da história agora tem dificuldades para encontrar jogadores para a posição. A tradição que vem desde Pelé, passando por Rivelino, Zico, Rivaldo, Ronaldinho e Kaká parece estar se perdendo.

Portanto, é preciso que os responsáveis pelo futebol brasileiro comecem a mudar esse cenário. Afinal, quem abre mão de ter um meio de campo forte, abre mão de ter o controle do jogo. E o Brasil tem vivido isso em suas participações recentes na Copa do Mundo. Em 2018, De Bruyne comandou a vitória da Bélgica e, em 2022, foi a vez de Modric liderar a Croácia. Quando será a vez de a seleção voltar a encantar o mundo com a criatividade e controle de jogo de seus camisas 10?

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