Fórum Nacional do Ensino Superior tem início com discurso de presidente da Unisanta
Por Guilherme Esron em 27/10/2021 às 15:36
O Fórum Nacional do Ensino Superior (Fnesp) abriu sua 23ª edição, na manhã desta quarta-feira (27), com uma novidade: pela primeira vez em formato híbrido, com público nos auditórios e através da internet.
O evento, que acontecerá entre esta quarta (27) e sexta (29), tem como temas assuntos relevantes para a evolução do ensino superior no Brasil. Entre eles estão “O ensino superior além da crise”; “A urgência da transformação digital para instituições de ensino superior”, além de debates e atividades presenciais e online.
A presidente da Universidade Santa Cecília (Unisanta) e presidente do Semesp (Sindicato das Entidades Mantenedoras do Ensino Superior), professora doutora Lúcia Teixeira, fez a saudação e o discurso inicial do evento.
Durante sua fala, Lúcia Teixeira reforçou a importância das instituições de ensino para um futuro melhor dos jovens no nosso país. Atualmente o país conta com 18% dos jovens de 18 a 24 anos cursando o ensino superior. De acordo com a meta 12 do Plano Nacional de Educação, até 2024 esse número deve aumentar para 33%.
“Temos que vencer isso, tem que recuperar esse atraso. Sabemos que escolaridade superior aumenta a produtividade da economia, aumenta a renda, a qualificação, além de valorizar toda a sociedade. A educação superior de qualidade é fundamental para a melhoria das condições de vida da população do Brasil. Mais do que isso é um direito do nosso povo”.
Profª Dra Lúcia Teixeira, Presidente da Unisanta e do Semesp
De acordo com a presidente da Unisanta, as instituições de ensino foram as primeiras a se reinventar com o uso da tecnologia. Setores essenciais continuaram operando nos mesmos moldes de antes da pandemia e setores não essenciais deixaram de operar.
Finalizando sua fala na abertura do Fnesp, já emocionada, doutora Lúcia fez questão de dizer que é sempre possível e necessário recomeçar. Por fim, citou também que neste mês se comemora o mês do professor.
“Outubro é o mês do professor, professores que são arquitetos e arquitetas de sonhos, da esperança. Engenheiros do futuro, plantadores de esperança. Gente que transforma as vidas ensina no dia a dia. Grandes educadores como vocês, ensinam a esperança no sentido de esperançar, ir atrás, construir como estamos fazendo agora. Levar adiante, não desistir e recomeçar”.
Profª Dra Lúcia Teixeira, Presidente da Unisanta e do Semesp
Ministro da Educação marca presença no FNESP
Após a primeira palestra do evento, com o especialista Walter Longo, o ministro da Educação Milton Ribeiro falou sobre o cenário do ensino superior atualmente e apresentou números referentes ao Ministério da Educação, como dados de autorização, reconhecimento e renovação realizados em 2021.
Milton Ribeiro destacou ainda o importante trabalho que as instituições de ensino superior privada realizam para o país e apontou alguns desafios que o ensino superior precisa enfrentar em função da pandemia, como capacitar os professores para o ensino remoto e disponibilizar acesso à internet e equipamentos para que os alunos possam participar de atividades remotas.
Aliás, ele falou ainda sobre as novas universidades que o Governo Federal pretende abrir em diferentes regiões do país, afirmando que o propósito é criar novas vagas para o ensino superior.
A abertura do 23° FNESP contou também com fala da presidente do Conselho Nacional de Educação (CNE), Maria Helena Guimarães. Em síntese, ela reforçou a importância da contribuição da educação superior privado para o país, já que o setor detém cerca de 75% das matrículas do Brasil.
“Nós estamos atravessando um momento complicado e desafiador, mas com várias oportunidades”, declarou ela afirmando que a pandemia foi a maior disrupção da educação na história da humanidade.
Segundo ela, nesse momento, é preciso que os agentes da educação organizem uma agenda emergencial e outra estruturante. “A agenda emergencial é crucial para atrair novamente os alunos para o ensino superior depois de dois anos sem atividades presenciais”, explicou Maria Helena.
“Ela é necessária para engajar os alunos nessa volta, deixando claro a importância do ensino superior”, pontuou. “Já a agenda estruturante é necessária para que as IES repensem as propostas curriculares dos cursos readequando-as para um mercado de trabalho em constante mudança em razão dos avanços tecnológicos. Essa mudança depende da articulação das próprias IES”, finalizou.