Padarias da Baixada Santista enfrentam dificuldade para contratar funcionários
Por Beatriz Pires em 02/03/2025 às 12:00

O Sindicato de Panificação de Santos (Sinaspan) relata que as padarias da Baixada Santista estão com dificuldades para encontrar mão de obra qualificada. Segundo Antônio Pires, diretor da entidade, esse cenário é reflexo do atual momento econômico do país, que registra a menor taxa de desemprego da história, além do crescimento do setor de panificação, que tem demandado mais trabalhadores.
“O setor de panificação vem crescendo nos últimos anos, não apenas nas padarias, mas também em outras atividades que trabalham com panificação, como supermercados, lojas de conveniência e confeitarias que estão sendo abertas. Isso acaba absorvendo parte da mão de obra que antes se concentrava apenas nas padarias da região”, explica Antônio Pires, diretor do Sinaspan e coproprietário da Padaria Arco-Íris.
Segundo Pires, o Sindicato estima que há mais de 700 vagas abertas nas padarias da região. Os cargos são variados, sendo os mais procurados padeiro, ajudante de cozinha, pizzaiolo, confeiteiro, cozinheiro, atendente, balconista, copa, chapeiro e caixa. Os cargos técnicos, como padeiro e confeiteiro, são os mais difíceis de preencher, enquanto outras funções exigem capacitação mais acessível.
Diante desse cenário, a solução tem sido investir cada vez mais em qualificação. Pires destaca que as panificadoras vêm passando por um processo de profissionalização, adotando um modelo de gestão empresarial mais estruturado, tendência que deve se fortalecer nos próximos anos.
“O próprio sindicato vai inaugurar, nos próximos meses, um centro técnico de formação de mão de obra, o que será um grande impulso para o setor. Com o desemprego em níveis tão baixos, seria importante que o governo reavaliasse a política do Bolsa Família, reduzindo sua abrangência para estimular a entrada de mais pessoas no mercado formal de trabalho. Atualmente, mais de 21 milhões de famílias recebem o benefício, o que, diante dos atuais índices econômicos, precisa ser repensado”, concluiu Pires.