Servidor público relata busca de 25 anos por irmã em Praia Grande: "espero que esteja viva"

Por Noelle Neves em 21/10/2021 às 13:40

Arquivo Pessoal
Arquivo Pessoal

O servidor público Natalício de Almeida Soares Firmino, de 45 anos, está há 25 anos procurando pela irmã por parte de pai. Usando a internet, o morador de Praia Grande já entrou em sites especializados e fez publicações nas redes sociais para tentar localizá-la. A tarefa, no entanto, é árdua, já que só a viu uma vez na vida e tem poucas informações sobre sua identidade.

“Nós dois nos conhecemos após a morte do meu pai. Não sabia da existência dela e nem minha mãe. Certo dia, ela apareceu na Igreja em que eu fazia catecismo. Não sei nem se ela sabia que eu existia, mas nosso encontro foi rápido. Durou uns 15 minutos, mas na ocasião ela me entregou uma foto com dedicatória”, contou em entrevista ao Santa Portal.

Natalício explicou que sua mãe ficou irritada, o que encurtou a conversa. “Não deu tempo de conversarmos. Desde então, não tive mais notícias. Eu tinha muita curiosidade para saber mais sobre ela, mas era desaconselhado pela minha mãe e minha tia. Na época, não tinha condições ou recursos para ir atrás, afinal, só tinha 10 anos”, disse.

A foto tinha uma dedicatória e era assinada por Célia Cris Martins Firmino. No verso, dizia: “Eu e a quadra do colégio que estava. Te dou do fundo do meu coração para meu querido irmão”. O servidor não sabe o nome da escola ou localização, mas acredita que era dois ou três anos mais velha que ele.

Arquivo pessoal

A busca de Natalício iniciou-se de fato quando completou 20 anos. Ele encontrou um tio em São Vicente, que contou que após uma briga com a mãe, Célia teria se mudado para Brasília, mas nunca encontrou informações que comprovassem. Com o surgimento da Internet, entrou em sites especializados e procurou pelo Orkut, antiga rede social.

“Tenho esperança que esteja viva ainda, porque sabemos que pode acontecer várias coisas. Não sei se não tem internet ou redes sociais por opção. Há alguns anos, fiz uma publicação no feed do Facebook, mas não tive resultados. Em minha última tentativa, criei um post em um grupo e as coisas começaram a tomar repercussão”, relatou.

A partir do grupo Viver em Santos e Região, a história sobre a busca da irmã ganhou ainda mais visibilidade. E ele, que não sabe profissão ou paradeiro, ficou mais uma vez esperançoso.

“Não sei que tipo de sentimento teria por ela, pois só a encontrei uma vez. Queria conhecer a história dela e reencontrar para ter, pelo menos, esse contato. Tudo vale a pena. Vale a pena buscar algo sobre história, passado e o que poderíamos ter tido, se não fosse esse desencontro”, desabafou.

Quem souber informações sobre a irmã Célia Cris Martins Fermino, filha de Natalício Firmino, pode encontrar em contato através do 13 99699-1166.

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