Santos completa 475 anos com desafios ainda maiores na pandemia
Por #Santaportal em 26/01/2021 às 08:31
ANIVERSÁRIO – No limiar entre cidade média (100 a 400 mil habitantes) e cidade grande (500 mil habitantes) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Santos, com 433 mil moradores, completa nesta terça-feira (25) 475 anos de história.
Com o quinto melhor Índice de Desenvolvimeno Urbano (IDH) do País, município é estimado e querido pela orgulhosa população, que sempre encontra – seja no maior jardim de orla de praia do mundo ou no ‘time que parou uma guerra’ – motivo pra se orgulhar.
Ainda assim, ano após ano, a Cidade vem descobrindo (ou redescobrindo) desafios, como o resgate do Centro Histórico, por exemplo. Uma das pautas mais discutidas nos debates políticos no último ano, a recuperação do bairro enquanto área comercial e residencial será uma das missões do Governo Municipal neste novo mandato.
Ao Santaportal , o prefeito Rogério Santos (PSDB) falou sobre os principais aspectos que deve lidar neste e nos próximos anos, principalmente nesse “início de fim” da pandemia.
Pandemia – desafios com vacinas e medidas impopulares
“A resposta [à pandemia] são o trabalho e diálogo. Trabalho constante, diário.. e o diálogo intendo. Ouvindo pessoas, comércio, infectologistas… Estamos conversando com os governos Estadual e Federal para achar solução a tudo isso”.
“Nesses 475 anos da Hstória de Santos, muitos desafios aconteceram. Desde a fundação da Vila, com a Santa Casa… Quando a instituição veio como filantropia, pra tratar as doenças infecciosas do povo, da população, dos indígenas, dos enfermos… Até o fim do século retrasado, metade da população morrendo febre amarela e outras doenças… E mesmo assim a cidade superou. Tivemos a construção de canais para diminuir as doenças… O soro de cobra vindo do Butantan, criado justamente pra atender epidemia em Santos. É uma cidade construída por muito gente. Santos é história, DNA, liberdade, caridade”.
Volta às aulas
O prefeito também falou sobre a volta às aulas, em meio à pandemia. “Todas as medidas de segurança e protocolos de prevenção estão sendo seguidos. E eu repito: o lugar mais seguro pras crianças é dentro da escola. O que nos vemos pelos bairros são crianças jogando futebol na rua, sem qualquer tipo de cuidado… Na escola, eles terão álcool gel, distanciamento, máscaras”, afirma Rogério.
Centro Histórico
Um dos assuntos mais polêmicos dos debates, o Centro Histórico foi projeto de campanha. Segundo a Prefeitura, planos devem começar a sair do papel ainda este ano. “A transformação vem de maneira gradual. A obra do VLT já é realidade para o fim deste ano, com várias estações. Mas o grande projeto que temos enquanto governo é Habitação. Desde o ano passado, a Prefeitura vem criando leis de incentivo, PPPs. Eu converso pessoalmente com empresários, donos de imóveis no Centro que podem estar abertos”.
“Queremos centros educacacionais, campos universitários no Centro. Pessoas vivendo 24 horas por dia. Trabalhando, estudando… Ocupar o Centro é o único jeito de evitar essa degradação”.
Sobre capacitação e oportunidades aos moradores, Rogério cita projetos iniciados no governo Paulo Alexandre, que deve manter. “O governo já vem trabalhando com medidas há bastante tempo. No último governo entregamos muitas Vilas Criativas… Demos capacitação. Foram vários projetos de beleza, marcenaria, padaria artesanal… oportunidades de emprego e abrir o próprio negócio ao morador do Centro, dos cortiços”.
Cortiços e palafitas
“Queremos prover a essas pessoas acesso a moradia adequada. Temos convênio assinado já. Serão 60 unidades habitacionais para quem mora em cortiços. O início de obras está previsto ainda para este ano”.
“Já conseguimos, no governo passado, a remoção 850 pessoas do Dique da Vila Gilda, das palafitas. Hoje estão no morro da Caneleira e unidades habitacionais no São Manoel. Recuperamos quase 1km de faixa de mangues sem novas palafitas”.
“Temos projetos no Tancredo Neves já em andamento. Temos terreno na Caneleira, no Estradão, bananal… Vamos buscar recursos com o Estado, Federação e PPPs para estas construções”.
“Enquanto isso, entregamos o Bom Prato da Vila Gilda e agora a UBS no Dique. Com atendimento de saude, equipes da Unidade de Saúde da Família (Usafa) junto com atividades dr empreendendorismo para os jovens”.
Mudanças climáticas
“Desde o ano passado, começamos obras de contenção nos morros. Já foram R$15 milhões do governo estadual. mais R$5 milhões do governo federal. atualmente, há R$8 milhões do municipio aplicado em obras de áreas de morro. Avançaremos, ainda, com novos projetos e novas contenções”.
“As chuvas no mundo todo têm sido frequentes. Santos está se preparando. Fizemos investimentos na Defesa Civil. Temos investido em parceria universidades, das quais a Unisanta tem grande contribuição com estudos climáticos”.
Entrada da Cidade
“A Cidade já fez 8km de galerias. Faltam, agora, os governos Federal, em área da União – como por exemplo debaixo da ferrovia, na saída da Cidade, que é um gargalo da drenagem – e o Estado, que fará uma estação de bombeamento na area do piscinão. Isso para complementar as obras que o município fez”.