Santos amplia subsídio e congela em R$ 5,25 tarifa do transporte público municipal

Por Santa Portal em 23/04/2024 às 16:00

Marcelo Martins/Divulgação Prefeitura de Santos
Marcelo Martins/Divulgação Prefeitura de Santos

A Prefeitura de Santos vai congelar a tarifa do transporte público municipal neste ano, ampliando os recursos destinados ao subsídio mensal de R$ 1,5 milhão para R$ 2,25 milhões. Assim, o reajuste não será repassado ao usuário, que continuará pagando pela passagem os atuais R$ 5,25, valor que vigora desde fevereiro do ano passado.

Segundo a Administração Municipal, caso não houvesse aporte da Prefeitura nos últimos anos, o valor total a ser pago pelo passageiro seria de R$ 6,75, ou seja, R$ 1,50 a mais por viagem.

“Trabalhamos para congelar o valor da tarifa por mais um ano, sem qualquer aumento no preço da passagem, o que é muito importante para as pessoas que fazem uso do transporte público de Santos. Além disso, vamos cobrar as melhorias que nossas frotas e linhas precisam para oferecer um serviço cada vez melhor aos usuários do sistema”, disse o prefeito Rogério Santos.

A atualização anual do valor da tarifa está prevista no contrato de permissão com a Viação Piracicabana, empresa que opera o serviço na Cidade. A definição do novo preço considera, entre outros fatores, a elevação de custos de combustível, lubrificantes, peças, acessórios e folha de pagamento. Contudo, o maior impacto na atualização da tarifa está relacionado diretamente à redução do número de passageiros pagantes transportados.

Vale lembrar que o cálculo final da tarifa é um rateio do custo total do transporte entre os usuários pagantes do sistema. E, desde a pandemia, a quantidade de usuários não retomou aos índices de anos anteriores, quando chegou a 3.200 milhões de passageiros/mês. Em 2023, o total de passageiros pagantes foi de cerca de 1.500 milhão/mês.

O aporte público para custeio da tarifa de transporte é um mecanismo previsto em lei municipal, desde 2015, e utilizado por várias cidades do País para incentivar o seu uso.

“O esforço do governo municipal com a ampliação do subsídio é para garantir ao usuário um serviço com qualidade e menor impacto possível na sua renda. E, dessa forma, evitando também uma perda ainda maior de passageiros no sistema”, destaca a Prefeitura.

Levantamento atualizado da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU) aponta que o transporte público segue sofrendo as consequências da pandemia de covid-19. Os ônibus, assim como os sistemas sobre trilhos, vivenciaram uma perda de demanda de passageiros que chegou a 80% durante a crise sanitária e, mesmo agora, ainda não conseguiram recuperar o volume de antes da pandemia.

O estudo da NTU aponta que a situação está um pouco melhor no pós-pandemia, mas que a recuperação foi apenas parcial. E que, diante da demora do retorno dos passageiros, a expectativa é de que eles tenham deixado o sistema de vez, cada um por uma razão. Entre elas, as principais são a crise econômica, os aplicativos de mobilidade urbana e o avanço do home office.


Foto: Marcelo Martins/Divulgação Prefeitura de Santos
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