Praia Grande: dona de casa morre após choque forte de marca-passo que usava
Por #Santaportal em 17/04/2020 às 09:38
PRAIA GRANDE – Lenice Teixeira da Silva, de 48 anos, morreu às 4h30 de ontem, em Praia Grande, depois do marca-passo usado por ela ter dado um choque muito grande e o coração não resistiu.
A dona de casa estava internada desde 6 horas do Domingo de Páscoa no Hospital Irmã Dulce. O corpo de Lenice será sepultado amanhã em Simolândia, em Goiás, terra natal dela e de sua família.
O marido Alberto Gonçalves, motorista de 59 anos, contou que ela usava o aparelho há 4 anos e que, poucos dias antes da internação, o aparelho começou a apresentar problemas. “A regulagem era feita a cada seis meses, no Hospital das Clinicas da Unicamp, em Campinas. A próxima seria em 8 de julho. Mas veio o problema antes”, conta.
Segundo Alberto, o hospital buscava um local para o qual ela fosse transferida para a regulagem do equipamento – um procedimento feito via Central de Regulação de Ofertas de Serviços de Saúde (Cross) e a internação foi necessária justamente pelo problema do marca-passo. “Mas ela teve um choque muito grande no coração e não suportou”, completa.
A Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo foi procurada e enviou a seguinte nota:
“A Central de Regulação de Ofertas e Serviços de Saúde (Cross) informa que os médicos estiveram em constante monitoramento do caso da Sra. Lenice Teixeira da Silva, contatando proativamente o serviço de origem para apurar mais informações sobre o histórico da paciente e auxiliar na busca por vaga em um serviço de referência.
Isso foi preciso porque a unidade solicitante forneceu informações insuficientes, no primeiro momento, sem indicar com precisão a unidade onde o dispositivo (marcapasso) teria sido implantado, o que seria fundamental para assertividade na transferência.
Enquanto isso, o quadro da paciente se agravou, embora ela estivesse assistida num serviço de saúde com toda a capacidade para manter o suporte médico intensivo.
Vale lembrar que a Cross é um sistema online que funciona 24 horas por dia, com papel de mediadora entre serviço de origem e de destino. Atua em conformidade com as diretrizes do SUS, com base em critérios clínicos, priorizando os casos mais graves e urgentes, desde que os pacientes tenham condições de transferência, como estabilidade clínica e ausência de infecções”.
O Hospital Irmã Dulce também foi procurado, mas ainda não respondeu aos questionamentos da reportagem. Assim que o fizer, será incluído.
