Por causa do coronavírus, executivo nascido em Cubatão passa sete dias em coma em UTI da Capital
Por #Santaportal em 08/04/2020 às 13:36
CORONAVÍRUS – Natural de Cubatão, o executivo Hudson Ricardo Alves dos Santos, de 43 anos, permaneceu por sete dias em coma na UTI em razão do coronavírus. Ele está internado no Hospital Leforte Liberdade, na Capital, e recebeu alta da UTI ontem, para aplausos de toda a equipe médica.
Depois disso, serão necessários, pelo menos, mais 10 dias para a alta. Ele está em observação no semi-intensivo e passa por intenso trabalho de fisioterapia para recobrar a capacidade dos pulmões, praticamente reaprendendo a respirar.. “O coronavírus já foi, mas a médica disse que eu tenho que estar zerado”, sintetiza Hudson. Na sequência, ele permanecerá em isolamento domiciliar..
Em vídeos publicados em sua conta no Facebook, Hudson conta como tudo começou. “Eu estava muito cansado, exausto. Eu trabalhava e aí parava para para comer alguma coisa. Só que eu precisava deitar no chão de exaustão. Fiquei com febre de 38,8 por vários dias. No quarto dia, veio a tosse seca. Meu ex-sogro, que não vai ao médico, pediu para que eu fosse. E me levou no quinto dia”.
Antes do Leforte, o executivo esteve em outro hospital e, embora os testes para covid-19 tenham dado negativo, a tomografia indicava o inverso. E ele foi internado em 23 de março. “No dia seguinte, porém, eu piorei. Não conseguia mais respirar e fui transferido para o Leforte”.
Era realmente coronavírus. Mas Hudson já estava em coma. Foram sete dias, sendo os dois primeiros induzidos, pois ele estava muito agitado e nos outros cinco ele não voltava. Um louvor cantado por uma enfermeira começou a ser ouvida por ele, sem entender inicialmente. A letra foi ficando mais evidente na cabeça e o executivo reparou que conhecia. “Comecei a cantar junto, mas na minha cabeça. Aí me dei conta que não conseguia abrir os olhos”.
Hudson, então, começou a pedir a Deus para ver o crescimento da filha, para cuidar dela e levá-la ao altar um dia. Ele, então, começou a sentir braços, pernas, mesmo sem ter condições de movê-los. “no sétimo dia, acordei e fui recebido por aplausos”, completou. O executivo ainda permaneceu mais quatro dias na UTI depois disso.
Nos vídeos, Hudson também agradeceu muito a dedicação extrema de todos os profissionais da saúde do local não apenas com ele, mas com todos que estavam com o mesmo diagnóstico. “Achei que eu trabalhava pra caramba. Não trabalho nada perto desses caras. Eles são 100% todo minuto. Cada evolução que eu tinha eles aplaudiam, seja acordando, tirando sonda ou tomando banho sozinho”.
Confira o depoimento emocionante do executivo nestes três vídeos:
