Justiça afasta sócios da BWA Brasil, empresa acusada de organizar pirâmide financeira

Por Lucas Rodrigues em 18/11/2020 às 10:19

SANTOS – O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo suspendeu o poder dos três administradores da BWA Brasil Tecnologia, empresa acusada de promover pirâmide financeira. De acordo com o processo da 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais, a decisão ocorreu após a defesa solicitar a redução de valores devidos aos investidores de pouco mais de R$ 295 milhões para cerca de R$ 449 mil.

A BWA Brasil, que atuava em Santos, emulava um banco de investimentos para grandes aportes com a promessa de rendimentos fixos mensais entre 3% e 5,2%, por meio de criptomoedas. A acusação argumenta que desde novembro de 2019, a empresa de Marcos Aranha, Jessica da Silva Farias e Roberto Willens, deixou de pagar 1.897 pessoas.

No início de julho, a defesa da BWA pediu Recuperação Judicial juntamente com uma declaração de dívida de R$ 295.412.252,63. No entanto, em outubro, a defesa solicitou a redução da dívida para R$ 449.683,62 com o argumento de que havia apresentado a lista de credores equivocada ao processo de recuperação judicial.

Desta forma, o juiz Marcelo Barbosa Sacramone, determinou que o Ministério Público tome ciência da ocorrência a fim de proceder uma investigação criminal contra o advogado da BWA, Abid Abdouni, por apresentar em “falência, recuperação judicial ou recuperação extrajudicial relação de créditos, habilitação de créditos ou reclamação falsa, ou juntar a elas título falso ou simulado”. A determinação também pede para que o Conselho de Ética da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) seja informado do processo.

A equipe do Santa Portal questionou Abdouni acerca das decisões do TJ, porém não teve resposta até a publicação desta matéria. Nenhum dos sócios afastados teve prisão preventiva decretada.

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