Atleta encontrado com sinais de espancamento segue na UTI e com coágulo no cérebro

Por Laila Aguiar em 06/01/2023 às 11:30

Arquivo pessoal
Arquivo pessoal

O atleta de taekwondo, de 22 anos, que passava o Réveillon com os amigos, em Guarujá, e foi encontrado com politraumatismos está estável e com coágulo no cérebro. As informações foram passadas pelo amigo e técnico da vítima, Marcelo Tsuyama. A vítima foi encontrada sem documentos e encaminhada ao hospital Santo Amaro.

Os amigos de Ribeirão Pires vieram para o litoral paulista no dia 31 de dezembro e tinham como previsão voltar para o interior no último domingo (1°). De acordo com Marcelo, os jovens estacionaram o carro próximo ao quiosque que eles escolheram para passar a virada do ano. Após algum tempo, ainda na praia, os jovens acabaram encontrando alguns moradores de Guarujá.

“Depois dos fogos não o encontraram mais. Vi que ele postou uma foto e eu não conhecia os rapazes, não estou falando que tem relação, mas eles foram os últimos que tiveram contato com ele”, explica Marcelo.

Os amigos procuraram a vítima pela praia, mas por não terem encontrado, decidiram fazer um Boletim de Ocorrência (BO) de desaparecimento. Ainda de acordo com Marcelo, o Corpo de Bombeiros chegou a iniciar a busca na praia, porém a vítima só foi encontrada às 6h de domingo (1º) e com baixo nível de consciência.

De acordo com o técnico, o atleta foi encaminhado ao hospital com suspeita de atropelamento, mas com os exames e com o parecer médico foi constatado que as fraturas seriam provenientes de um espancamento.

Estado de saúde do atleta

Marcelo contou que de acordo com o último boletim médico, a vítima estava com fraturas na coluna cervical, perna e osso frontal da face. Também foram encontrados coágulos no pulmão – que foi drenado – e no cérebro. A vítima ainda se encontra sedada, porém os médicos chegaram a diminuir a sedação para ele ter contato com a família.

“A família falou com ele e quando a mãe falou da gente ele chorou. Ele não consegue falar porque está entubado”.
O técnico informou que ainda não é possível saber se os problemas causados pelo espancamento vão gerar sequelas no atleta.

Muito emocionado, o técnico contou que conhece a vítima desde 2012, quando o jovem era seu aluno em um projeto pessoal. Marcelo também contou, durante entrevista, que após algum tempo eles chegaram a treinar juntos. “A gente sempre andou junto”.

A notícia pegou o técnico de surpresa e ele afirma que a vítima nunca se envolveu em nenhum problema. “Ele sempre foi um menino bom, ele não tinha maldade, ele viu muito a família sofrendo e tinha consciência de não fazer nada de errado”, finaliza.

O que diz a Secretária de Segurança Pública

A Polícia Civil esclarece que, assim que tomou ciência do ocorrido, a autoridade policial da Delegacia Sede de Guarujá, área dos fatos, iniciou as diligências cabíveis para apuração e total esclarecimento da ocorrência.

De acordo com a Polícia Civil, o Boletim de Ocorrência foi registrado no final da tarde de quinta-feira (5).

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