Frente Parlamentar discute soluções para a mobilidade nas rodovias de acesso ao litoral

A Frente Parlamentar em Defesa da Baixada Santista da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) se reuniu nesta quarta-feira (26) com representantes da Agência de Transportes do Estado (Artesp) e da Ecovias, concessionária do Sistema Anchieta-Imigrantes, para discutir um plano de trabalho voltado para a mobilidade nas rodovias e a melhoria das condições de tráfego.

O encontro foi convocado pelo coordenador da Frente, deputado Tenente Coimbra (PL), após um acidente na Rodovia Anchieta, no início de março, que resultou na queda de uma passarela devido a um caminhão. O incidente interditou a principal via de acesso ao litoral por quase 12 horas, gerando um congestionamento de mais de 20 km e causando grandes transtornos aos motoristas.

Diante da situação, a Frente Parlamentar decidiu buscar soluções emergenciais e estruturais para reduzir o impacto de congestionamentos frequentes no Sistema Anchieta-Imigrantes. “A ideia é ajustar aquilo que precisa ser ajustado para que, no futuro, a gente tenha a melhor linha de ação e para que ocorrências não impactem ou impactem ao mínimo a vida dos moradores da Baixada Santista”, afirmou o deputado Tenente Coimbra.

Desafios e soluções apresentadas

Durante a reunião, o diretor geral da Ecovias, Rui Klein, apresentou números sobre a concessão e respondeu a questionamentos sobre as ações da concessionária durante emergências. Klein destacou que o sistema é complexo e afirmou que a coordenação das operações é feita de forma integrada, utilizando as lições aprendidas com incidentes anteriores. “O sistema é complexo por natureza e nós o coordenamos de forma integrada com lições que esse próprio sistema nos ensina”, afirmou.

O deputado Caio França (PSB) questionou a falta de alternativas para contornar incidentes como o ocorrido em março, sugerindo a criação de novas soluções, como comboios e rotas alternativas. “Precisamos pensar em novas soluções que possam minimizar esse impacto, como comboios e caminhos alternativos. Aguardar por 12 horas para conseguir voltar para casa é caótico”, declarou França.

Rui Klein comprometeu-se a estudar a viabilidade de oferecer transporte alternativo para grupos prioritários, como idosos e pacientes em ambulâncias, para minimizar os impactos de emergências.

O diretor da Artesp, Santi Ferri, reforçou que a agência trabalha para garantir apoio imediato nas ocorrências, destacando o papel da concessionária em enviar planos operacionais de emergência assim que os incidentes acontecem.

“Na medida em que o incidente ocorre, a concessionária emite para nós um plano operacional de emergência e, a partir daí, conseguimos acompanhar e, ocasionalmente, coordenar a polícia ou os bombeiros para atuarem”, explicou Ferri. Ele também garantiu que a Artesp trabalhará para melhorar a estrutura da concessão nos próximos contratos, com o objetivo de proporcionar maior segurança e eficiência para os usuários.