Em Santos, comunidade escolar será ouvida sobre retorno das atividades

Por #Santaportal em 06/09/2020 às 20:48

(Atualizado às 21h)

EDUCAÇÃO – Apesar da retomada das aulas presenciais no estado de São Paulo estar prevista para ocorrer em 7 de outubro, o prefeito de Santos, Paulo Alexandre Barbosa (PSDB), descarta a possibilidade de retorno na rede municipal. A informação foi divulgada durante live nas redes sociais, neste domingo (6). Segundo o prefeito, pais e professores da rede municipal foram ouvidos e, democraticamente, indicaram não concordar com o retorno às salas de aula em outubro. O próximo passo, de acordo com o chefe do Executivo, será ouvir a comunidade escolar da rede particular de Santos.

“Na rede municipal, ouvimos professores e ouvimos os pais . Mais de 90% dos professores não querem o retorno e mais de 80% dos pais também não querem. Então, nós não vamos retornar. Democraticamente nós ouvimos e decidimos, e assim será feito com todas as escolas”.

Nesta semana, a Prefeitura de Santos publicará, no Diário Oficial, um decreto municipal que vai regulamentar as condições para o início das atividades de reforço, recuperação e acolhimento de alunos no mês de setembro e o possível retorno gradual, em outubro, das aulas presenciais.

Além do detalhamento das restrições e protocolos sanitários, uma das exigências para os retornos das atividades presenciais será a consulta às comunidades escolares das três redes de ensino (municipal, estadual e particular), a qual deve abranger professores, funcionários, alunos e pais ou responsáveis.

A pesquisa, de responsabilidade da Secretaria Municipal de Educação, ficará disponível no site da Prefeitura após a publicação do decreto no Diário Oficial, com a divulgação do seu resultado neste mês de setembro.

A iniciativa tem como base a Resolução nº 61 da Secretaria de Estado da Educação, de 31 de agosto, que determina a necessidade de consulta à comunidade escolar, definição de protocolos sanitários e de testagem.

Além disso, a retomada das aulas presenciais, a partir de 7 de outubro, levará em consideração o decreto estadual nº 65.061, de 13 de julho, que dispõe que, no cenário atual, o Centro de Contingência e a Coordenadoria de Controle de Doenças da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo recomendam que o setor da educação torne as atividades presenciais somente quando todo o território estadual se estabilizar por 28 dias na fase amarela do Plano São Paulo.

“A democracia é isso. Ela é desafiadora, mas não inventaram nada mais belo, mais nobre do que a democracia, onde prevalece a vontade da maioria. E essa vontade será respeitada. O segmento municipal está resolvido. Na rede particular vamos percorrer esse mesmo caminho”, afirmou o prefeito durante a transmissão.  

Baixada Santista

Na Baixada Santista, apesar da permissão do Governo Estadual para a retomada das atividades extracurriculares nas cidades que estão na fase amarela do Plano São Paulo, caso da região, nenhuma escola da rede pública municipal deve abrir as portas na próxima terça-feira. 

Já em Cubatão, Itanhaém, Mongaguá e Praia Grande, após pesquisas realizadas com os pais, ficou definido que as aulas só voltarão no ano que vem.

Colégios estaduais poderão receber presencialmente até 20% dos alunos matriculados a cada dia, independentemente da etapa de ensino. No entanto, segundo a Secretaria de Estado da Educação, as unidades da região ainda estão em diálogo com as comunidades escolares. 

Segundo a pasta, o retorno a partir de 8 de setembro não é obrigatório e deve ocorrer ou não mediante escuta da comunidade escolar. Os municípios também têm autonomia de interferir no calendário, embasados por dados epidemiológicos de suas regiões. 

 

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