Antes cotado para o Ministério da Justiça, Ivan Sartori apoia nomeação de André Mendonça

Por Ted Sartori/#Santaportal em 29/04/2020 às 09:52

POLÍTICA – O desembargador Ivan Sartori avalia com bastante otimismo a nomeação de André Mendonça para o Ministério da Justiça e Segurança Pública. O ex-presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), aposentado desde o ano passado, e que também é professor da Unisanta chegou a ser cotado para o cargo. “Inclusive, quero agradecer a todos, em especial o Palácio do Planalto e o presidente, além de todos que se somaram a minha indicação para o Ministério, o que me deixou bastante honrado”, afirma, em contato com o #Santaportal.

O otimismo de Ivan Sartori, também pré-candidato à Prefeitura de Santos pelo PSD, com o nome de Mendonça se deve ao fato dele ser um técnico. “Ele estava na Advocacia Geral da União. É muito bem preparado. É uma pessoa que eu acho que poderá fazer um grande trabalho”, afirma.

A razão da confiança de Sartori em André Mendonça também se deve ao bom relacionamento que o novo ministro tem com o presidente Jair Bolsonaro. “Isso é muito importante porque nós não podemos nos esquecer que os ministérios são órgãos de assessoria do presidente. O presidente tem que ter pleno acesso a todos os ministérios e a todas as informações. Ele é o dirigente do País”, justifica.

Na avaliação de Ivan Sartori, esse acesso não implica em interferência em inquéritos, como observou o agora ex-ministro Sérgio Moro em sua despedida do cargo. “Aliás, isso não passa de retórica, na medida em que os inquéritos, enquanto Polícia Judiciária, Polícia Federal, estão sob a batuta do Judiciário e do Ministério Público. Não tem como o presidente interferir em inquérito diante dessa situação e desse controle jurisdicional e ministerial”, explica.

Por sinal, Ivan Sartori não gostou da forma como Sérgio Moro deixou o Ministério da Justiça e Segurança Pública. “Só lamento a forma como ele se retirou do ministério, em uma coletiva às pressas, sem a ciência do presidente, quando ele teve toda a confiança e respeito do presidente. O presidente o tratou com muita dignidade e muito respeito. E ele poderia ter saído de uma forma mais amistosa. Acho que isso não se coaduna com a envergadura desse grande magistrado que é Sérgio Moro e eu me decepcionei um pouco com isso. Mas agora a crise já foi controlada e desejamos aí uma excelente para o nosso presidente porque ele é o presidente e temos que ter esperança nele porque o Brasil tem que seguir em frente”, comenta.

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