22/02/2025

Filme brasileiro 'O Último Azul' leva o Grande Prêmio do Júri no Festival de Berlim

Por Folha Press em 22/02/2025 às 16:17

Divulgação
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O filme “O Último Azul”, do cineasta Gabriel Mascaro, ganhou o Grande Prêmio do Juri no Festival de Berlim, na tarde deste sábado (22), considerado o segundo maior prêmio do evento, atrás apenas do Urso de Ouro, que foi para o norueguês “Drommer”, de Dag Johan Haugerud.

O Brasil já levou o Urso de Ouro em duas ocasiões -com “Central do Brasil”, em 1998, de Walter Salles, e com “Tropa de Elite“, em 2008, de José Padilha.

O filme de Mascaro, com Denise Weinberg e Rodrigo Santoro, imagina um país que despacha idosos a partir dos 75 anos para colônias, que soa como eufemismo de um governo de slogans e publicidade. A protagonista, Tereza, vivida por Weinberg, prestes a ser exilada, resolve fazer uma coisa que nunca fez na vida e, para tanto, parte em uma jornada pelo único caminho clandestino que lhe restou, os rios amazônicos.

Com uma participação pontual, Santoro dá lastro internacional ao filme no papel de Cadu, um barqueiro que aparece no caminho de Tereza. A obra, exibida nos primeiros dias do evento, era uma das favoritas da competição, liderando em avaliações positivas nas tabelas de críticas de revistas como a Screen International.

Entre os outros premiados, o chinês Huo Meng levou o Urso de Prata de melhor direção por “Living the Land”, enquanto o romeno Radu Jude, veterano do festival, ganhou o prêmio de melhor roteiro por “Kontinental ’25”.

No flanco das atuações, o Urso de Prata de atuação principal foi para Rose Byrne, por “If I Had Legs I’d Kick You”, enquanto Andrew Scott foi eleito o melhor coadjuvante, por “Blue Moon”, de Richard Linklater.

O júri desta edição foi presidido por Todd Haynes, autor de “Segredos de um Escândalo”, e tinha como membros o diretor franco-marroquino Nabil Ayouch, a atriz chinesa Fan Bingbing, a figurinista alemã Bina Daigeler, o cineasta argentino Rodrigo Moreno, a crítica de cinema americana Amy Nicholson e a atriz alemã Maria Schrader.

Na competição principal da Berlinale, o Brasil também já foi destaque com o Grande Prêmio do Júri, espécie de segundo lugar, quando “A Queda”, de Ruy Guerra e Nelson Xavier, foi laureado em 1978. Três brasileiras levaram o prêmio de melhor atriz –Fernanda Montenegro, por “Central do Brasil”, Marcélia Cartaxo, por “A Hora da Estrela”, em 1986, e Ana Beatriz Nogueira, por “Vera”.

Já os curtas nacionais “Ilha das Flores”, de 1990, e “Manhã de Domingo”, em 2022, venceram a principal competição do evento.

Nesta edição, “A Hora do Recreio”, documentário da diretora brasileira Lúcia Murat, ganhou uma menção especial do júri jovem da mostra Generation, voltada ao público infantojuvenil.

Conheça os vencedores da competição principal do Festival de Berlim deste ano a seguir.

Urso de Ouro

“Drommer”, de Dag Johan Haugerud

Grande Prêmio do Júri

“O Último Azul”, de Gabriel Mascaro

Prêmio do júri

“El mensaje”, de Iván Fund

Melhor direção

Huo Meng, por “Living the Land”

Melhor atuação principal

Rose Byrne, por “If I Had Legs I’d Kick You”

Melhor atuação coadjuvante

Andrew Scott, por “Blue Moon”

Melhor roteiro

Radu Jude, por “Kontinental ’25”

Melhor contribuição artística

Lucile Hadzihalilovic pelo conjunto do filme “La Tour de Glace”

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