14/04/2023

Vitória escapa de Laura, mas Brasil segue com boas chances na BJK Cup

Por Alexandre Cossenza em 14/04/2023 às 18:25

Reprodução/Twitter/@laaurapigossi
Reprodução/Twitter/@laaurapigossi

O primeiro dia de confronto entre Brasil e Alemanha pela Billie Jean King Cup, no saibro indoor de Stuttgart, terminou como o esperado: 1 a 1, com as melhores tenistas de cada país confirmando seu favoritismo. Laura Pigossi protagonizou uma atuação corajosa, raçuda e inteligente. Até sacou para vencer, mas viu a vitória escapar e terminou superada por Tatjana Maria, a #1 do time da casa, por 6/3, 3/6 e 7/5.

Se a medalhista olímpica perdeu, Beatriz Haddad Maia fez uma apresentação brava e importante no primeiro duelo desta sexta-feira, fazendo 3/6, 6/4 e 6/3 sobre Anna-Lena Friedsam. Os times seguem empatados para o sábado, quando serão disputadas as simples invertidas e, se necessário, um jogo de duplas para desempatar o confronto.

Quem vencer avançará para a fase final da competição.

A igualdade não é ruim para o Brasil, já que Bia é favoritíssima para derrotar Maria ou qualquer outra tenista da casa (o time alemão pode mudar a escalação para o sábado) e anotar o segundo ponto brasileiro. Se a número 1 do Brasil confirmar a expectativa, faltará ainda um ponto, que pode vir com Laura, que se mostrou mais do que capaz nesta sexta, ou com a forte dupla de Bia e Luisa Stefani.

Bia brilha so pressão

Bia teve trabalho e muito. O duelo começou com Friedsam afiadíssima e aparentemente mais bem adaptada à quadra. Enquanto isso, a brasileira cometia erros não forçados e dava pontos de graça que custavam caro. A alemão venceu o primeiro set e, depois de sair atrás no segundo, chegou ao nono game com o placar empatado em 4/4, o que significava mais pressão sobre os ombros da brasileira. Uma derrota ali, de cara, colocaria o Brasil em uma situação nada agradável, dependendo de uma vitória de Laura, que entraria em quadra como zebra em suas duas partidas.

Pois foi sob pressão que Bia brilhou. Primeiro, quebrou Friedsam no décimo game para fazer 6/4 no segundo set.

Depois, abriu 4/0 no terceiro, mas teve uma queda de nível e permitiu uma reação da anfitriã. A alemã devolveu as duas quebras e sacou em 3/4 e 40/0. Friedsam teve seis game points para empatar a parcial em 4/4. Bia, porém, não deixou. Encaixou uma sequência com duas excelentes devoluções de saque para quebrar a rival e, na sequência, confirmou para fechar o duelo em 6/3.

Uma quebra sob pressão no segundo set e outra no momento mais duro do terceiro. Se Laura não conseguiu bater Maria – resultado mais do que normal, sobretudo com a alemã vindo de um título em Bogotá – Bia mostrou que hoje, mais do que nunca, é uma número 1 confiável, confiante e capaz de carregar nos ombros a responsabilidade que seu ranking impõe.

Laura: Físico e inteligência

Laura também teve problemas no primeiro set, quando fez uma apresentação mais passiva, deixando Tatjana Maria distribuir o jogo com seus slices de direita e esquerda. Depois de perder o set inicial por 6/3, a paulista mudou a postura. Mostrou-se mais agressiva, jogando a rival para os dois lados da quadra. Maria, de repente, já não conseguia mais comandar os ralis, e a dinâmica da partida mudou completamente.

Com o segundo set (6/4) no bolso, Pigossi viu uma Maria mais apressada e, talvez, cansada, na parcial decisiva. A alemã começou a parcial afobada, subindo à rede em bolas não tão boas e facilitando a missão da brasileira. Laura aproveitou. Converteu as passadas que precisava, pressionou a oponente e conseguiu a quebra que precisava para abrir 3/1.

Depois disso, manteve a intensidade, a vibração e o nível de tênis, errando pouco e exigindo muito da alemã, que já não tinha a consistência nem a energia do começo do jogo. Laura manteve-se assim até abrir 5/4 e 30/30, ficando a dois pontos do triunfo. Foi aí que Maria econtrou o melhor de seu tênis. Venceu quatro games seguidos e “roubou” o ponto brasileiro.

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