21/05/2018

Vitória de Maduro é contestada por comunidade internacional

Por Agência Brasil em 21/05/2018 às 10:18

INTERNACIONAL – A reeleição do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, para governar o país até 2025 foi marcada por polêmicas e principalmente pela falta de reconhecimento por grande parte da comunidade internacional.

Os Estados Unidos, Canadá, União Europeia (UE) e o Grupo de Lima, que inclui diversos países das Américas, como o Brasil, acusaram Maduro de sufocar a democracia, além de afirmarem que a eleição não foi justa e transparente.

“A farsa das eleições não muda nada. Precisamos que o povo venezuelano controle este país…uma nação com muito a oferecer ao mundo”, escreveu no Twitter o secretário de Estado americano, Mike Pompeo.

O não reconhecimento da votação por parte do governo de Donald Trump foi antecipado há um mês. Como medida de pressão, os Estados Unidos anunciaram várias rodadas de sanções econômicas a funcionários do governo venezuelano por corrupção, abusos aos direitos humanos, entre outras.

O presidente da Argentina, Mauricio Macri, pediu durante a abertura da reunião do G20, grupo de países emergentes, que seja feita uma reflexão sobre a votação da Venezuela, enquanto que o presidente chileno, Sebastian Piñera, manifestou que estas “não são eleições limpas e legítimas, e não representam a vontade livre e soberana do povo venezuelano”.

Para Piñera, o “Chile, como a maioria dos países democráticos, não reconhece estas eleições”.

O Panamá foi um dos primeiros países a não reconhecer o resultado das eleições venezuelanas.

Já a China pediu para que todos respeitem a decisão do povo venezuelano. Segundo o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Lu Kang, o governo chinês mantém uma política de não-intervenção nos assuntos internos de outros países.

“A China abordará os assuntos relevantes de acordo com a prática diplomática”, acrescentou o porta-voz, ressaltando que está convencido de que o governo e cidadãos da Venezuela serão capazes de resolver os seus problemas.

O Ministério das Relações Exteriores da Rússia, citado pela agência “Tass”, por sua vez, informou nesta segunda-feira (21) que o pleito é “válido”, mesmo “outros países, inclusive os Estados Unidos tendo interferido no processo eleitoral”.

Maduro foi eleito em uma votação com menos de 50% de participação com cerca de 68% dos votos (5,8 milhões). A validade do pleito, que estava previsto para o fim deste ano, mas foi antecipada repentinamente para maio, foi contestada

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