Variante Delta predomina e é responsável por 37,5% dos casos de covid-19 na Baixada Santista

Por Santa Portal em 26/08/2021 às 20:04

Imagem ilustrativa/Unsplash
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A variante Delta da covid-19 já é a responsável pela maior parte dos casos de covid-19 na Baixada Santista. Segundo o médico infectologista Marcos Caseiro, em entrevista à Santa Cecília TV, é esperado que o número cresça ainda mais nas próximas semanas, assim como em outras cidades do mundo.

“Já temos muito mais do que quatro casos. Se você pegar o boletim epidemiológico do Butantan, o último que foi lançado na semana epidemiológica 30, que seria entre 25/7 e 31/7, no final de julho, 37,5% de todas as cepas que foram identificadas na nossa região da Baixada eram a cepa delta. Na semana epidemiológica anterior eram 13%. Então não tem a menor dúvida de que ela já é a cepa predominante. Provavelmente quando saírem os dados atuais, ela já estará dominando nossa região”, disse o especialista.

A variante Delta da covid-19 tem maior índice de transmissão, e por isso se espalhou rapidamente, segundo explicou Caseiro. “Aonde ela chegou, ela se expandiu muito rápido. Tem trabalhos que mostram que ela pode ser 100 vezes mais transmissível. A infecção por esse vírus produz uma quantidade de vírus muito maior. Obviamente, a eliminação das partículas é muito maior, e a transmissão é maior. O que não se tem muitos dados a respeito é em relação se ela causa mais casos graves. Agora, na medida que ela infecta mais, é esperado que ela traga, obviamente, pela quantidade, mais casos graves”, explicou.

A prefeitura de Santos realiza, agora, o mapeamento das variantes da covid-19. O trabalho é feito com a coleta do material em exames swab, que são analisados pelo Instituto Adolfo Lutz. “Entender a epidemiologia molecular de uma epidemia é fundamental. O grande determinante é o número de casos e óbitos, esse é o nosso grande marcador para a gente ver o significado da expansão desse vírus”.

Terceira dose

Sobre a terceira dose da vacina contra a covid-19, o infectologista Marcos Caseiro explica que, idealmente, as prefeituras deveriam focar na aplicação de segundas doses, já que a região conta com mais de 150 mil faltosos na Baixada Santista.

“80% das pessoas acima de 60 anos que tomaram a Coronavac não produzem mais anticorpos detectáveis. Então a necessidade desse reforço já tinha sido manifestada anteriormente. A grande questão é que nós estamos distantes de ter um número razoável de pessoas com segunda dose. Há um enorme contingente de pessoas que não tomaram, então ao invés de fazer o trabalho de ficar falando em terceira dose, nós tínhamos que nos empenhar no setor público em buscar essas pessoas para a segunda dose”, comentou.

Confira a entrevista completa com o infectologista no Caderno Regional, da Santa Cecília TV:

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