Válter Suman e Marcelo Nicolau são soltos da Penitenciária 1 de São Vicente
Por Santa Portal em 18/09/2021 às 17:20
O prefeito de Guarujá, Válter Suman, e o secretário de Educação Marcelo Nicolau foram soltos na tarde deste sábado (18) após serem presos e levados para a Penitenciária 1 de São Vicente. Eles são investigados pelos crimes de lavagem e desvio de dinheiro pela Operação Nácar-19, da Polícia Federal.
A Justiça determinou a soltura do prefeito e do secretário na manhã deste sábado em documento assinado pelo juiz Maurício Yukikazu Kato. Após algumas horas, o alvará de soltura foi expedido e os investigados liberados.
Na saída da Penitenciária 1, Válter Suman, acompanhado do advogado, apenas comentou que irá voltar ao cargo de prefeito. “Eu peço calma, vou conversar com meu advogado para me manifestar. Já fui reconduzido ao cargo e liberado, graças a Deus, pela Justiça”, disse.
O advogado Edson Asarias chegou por volta das 14h45 à Penitenciária, e às 15h50, a oficial de Justiça entrou no local com o alvará de soltura. O advogado comentou que, na segunda-feira (20), o prefeito e o secretário estarão de volta à Prefeitura.
Para conceder a liberdade aos investigados, o juiz estipulou medidas cautelares. Suman e Nicolau não poderão manter contato entre si, segundo a determinação da Justiça.
Os dois também devem comparecer a cada dois meses em juízo para informar e justificar suas atividades, e a todos os atos para os quais forem convocados no curso das investigações.
Ambos também foram proibidos de deixar o estado de São Paulo por mais de cinco dias sem autorização, e também não podem deixar o País, sendo obrigatória a entrega dos passaportes nas 24 horas a partir do cumprimento do alvará de soltura.
Entre outras medidas cautelares, o Ministério Público Federal (MPF) também pediu a prisão domiciliar e a suspensão das funções públicas do prefeito e secretário, mas os pedidos não foram acolhidos pelo desembargador do TRT-3 Nino Toldo.
Soltura
A decisão pela soltura do prefeito e do secretário foi assinado pelo juiz Maurício Yukikazu Kato, que definiu que o prefeito poderá continuar exercendo o cargo. Ele considerou que “a privação da liberdade de locomoção dos investigados mostra-se excessiva” após pedido da defesa em audiência de custódia realizada na quinta-feira (16) pela concessão de liberdade provisória com fixação de medidas cautelares alternativas, que foram acatadas.
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