06/10/2021

Não há previsão para uso de máscara deixar de ser obrigatório, diz coordenador do Comitê Científico

Por Santa Portal em 06/10/2021 às 14:36

 Marcos Cola/Pixabay
Marcos Cola/Pixabay

Durante coletiva do Estado de São Paulo, realizada nesta quarta-feira (6), o coordenador do Comitê Científico, Paulo Menezes, reforçou que ainda não há previsão para que o uso de máscara deixe de ser obrigatório. De acordo com ele, olhando a situação mundial, é preciso ir com calma para uma recuperação mais sólida.

“A história mostrou que as coisas não são tão simples. Em países que não usavam mais máscara, pediram para voltar a usar. Tivemos um grande avanço na situação epidemiológico e continuamos avançando, principalmente no enfrentamento da variante delta. Estamos avaliando a possibilidade no futuro, não nesse momento. Apesar da melhora, ainda temos pessoas com sintomas graves e perdas de vida. Hoje devemos continuar utilizando a proteção, além da vacinação”, disse.

O governador João Doria pediu para que a população olhasse com otimismo, já que o Estado de São Paulo chegou a 60% da população totalmente imunizada contra a covid-19, superando os índices dos Estados Unidos e da Europa. São Paulo também lidera o ranking de cobertura com esquema vacinal completo entre todas as unidades federativas.

“Segundo dados da plataforma ‘Our World in Data’ da Universidade de Oxford, na Inglaterra, que mede as taxas de vacinação em todo o mundo, o índice de 60% em São Paulo supera os 55% dos Estados Unidos e os 52% da média geral dos 50 países do Continente Europeu”, afirmou.

Mortes por covid-19

Outra boa notícia, de acordo com o governador, é que 72% das cidades do estado não tiveram mortes por covid-19 na última semana. “Esse é um dado muito significativo e que nos traz enorme alegria. Em 467, dos 645 municípios, não há morte há uma semana, o que representa 7 em cada 10. Isso reflete o impacto positivo na vacinação. Somos o estado que mais vacina no Brasil”, declarou.

“O Estado trabalha para que as pessoas tomem a sua segunda dose. Ontem tivemos estudos da Fiocruz e do Instituto Emílio Ribas que demonstram que há mais hospitalização para pessoas que não tomaram nenhuma dose e também aquelas que não tomaram a segunda dose”, destacou a coordenadora geral do Plano Estadual de Imunização (PEI), Regiane de Paula.

Doses de reforço

Além disso, o estado bateu o recorde da aplicação de doses da vacina de reforço, com o início da vacinação dos profissionais de saúde.

A aplicação da terceira dose em São Paulo começou no dia 4 de setembro nos 645 municípios paulistas. O reforço é dirigido a toda a população idosa, adultos imunossuprimidos e profissionais de saúde dos serviços de saúde públicos e particulares.

O recorde de terceira dose foi registrado na última terça (5). Na etapa que se estende até domingo (10), o público-alvo é formado por 1 milhão de trabalhadores da saúde e outros 104 mil idosos com idade entre 60 e 69 anos. Todos devem ter completado o esquema vacinal de duas aplicações entre fevereiro e março.

A partir da semana que vem, a Secretaria da Saúde prevê mais quatro fases escalonadas para aplicação das doses adicionais nos públicos-alvos que completaram o ciclo vacinal em abril. De 11 de outubro a 11 de novembro, a meta é aplicar a terceira dose em cerca de 2,7 milhões de pessoas.

As doses adicionais são aplicadas com base nos intervalos mínimos após a segunda dose ou conclusão do esquema vacinal – de pelo menos seis meses para quem tem 60 anos ou mais, e ao menos 28 dias para os adultos com imunossupressão. Todos os imunizantes contra a COVID-19 são seguros, eficazes e estão sendo usados nesta iniciativa.

Números atualizados da vacinação em SP

65.483.296 – doses aplicadas

37.049.948 – primeira dose

26.474.640 – segunda dose

1.159.469 – dose única

799.239 – dose adicional

loading...

Este site usa cookies para personalizar conteúdo e analisar o tráfego do site. Conheça a nossa Política de Cookies.