Três são mortos durante operação para encontrar envolvidos em morte de PM em Guarujá

Por Santa Portal em 29/07/2023 às 16:30

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Três homens foram mortos durante confrontos com a polícia nesta sexta-feira (28), em Guarujá, durante a Operação Escudo, que foi deflagrada após a morte do soldado da PM, Patrick Bastos Reis. A ação conta com cerca de 600 agentes, entre equipes especializadas das polícia Civil e Militar.

O primeiro suspeito morto estava armado com uma pistola calibre .45 resistiu a uma abordagem de PMs da Rota e atirou contra os policiais, que revidaram. Ele supostamente seria um dos líderes de uma organização criminosa na Baixada Santista.

Mais tarde, segundo informações da Polícia Militar, viaturas estavam em patrulhamento pela comunidade da Prainha, no bairro Pae Cará, quando encontraram um homem em atitude suspeita, por volta das 19h40, na Rua das Filgueiras.

Quando os policiais se aproximaram foram recebidos por disparos e revidaram. O suspeito acabou sendo atingido durante a troca de tiros. Uma pistola foi apreendida com ele.

O criminoso chegou a ser atendido pelo Samu. A Prefeitura de Guarujá informou que uma ambulância chegou a socorrr o homem, de aproximadamente 30 anos, com um ferimento no tórax. Ele foi encaminhado para a UPA de Vicente de Carvalho, onde teve a sua morte constatada.

Ainda na noite de sexta, um homem de 25 anos disparou contra policiais na Rua Mário Malheiros, na Vila Baiana, e acabou sendo baleado na troca de tiros. Com ferimentos no tórax, abdômen e na perna esquerda, ele ainda foi socorrido pelo Samu, mas morreu a caminho da UPA da Enseada. Com ele, os agentes da PM encontraram mais de 500 porções de maconha e uma pistola.

Ainda na sexta-feira, as equipes apreenderam porções de cocaína, além de balanças de prisão e embalagens para drogas, em sete imóveis nos bairros Vila Júlia e Vila Zilda.

Prisões

Duas pessoas foram detidas ontem durante a ação policial O homem identificado como o responsável pelos disparos que mataram o policial da Rota ainda não foi localizado.

Os suspeitos foram identificados com base em uma nota fiscal de venda de um salgado. O comprovante foi encontrado próximo do local onde houve o ataque aos policiais da Rota.

No bar onde foi comprado o alimento, foram identificadas roupas de uma mulher, que acabou presa depois. Para encontrá-la, também houve o uso de imagens de câmeras de monitoramento.

De acordo com o secretário de Segurança Pública do Estado de São Paulo, Guilherme Derrite, a mulher confessou fazer parte da organização que vende drogas no local e apontou os demais suspeitos.

O outro preso, também de acordo com o secretário, confessou que estava no local no momento do disparo contra o PM, que, segundo ele, teria sido feito por uma pessoa de apelido Deivinho, ainda não encontrado.


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Entenda o caso

Segundo o boletim de ocorrência, durante um patrulhamento de rotina na Vila Zilda, Reis e o cabo identificado apenas como Marin escutaram diversos estampidos característicos de arma de fogo. Eles, então, aceleraram a viatura em que estavam para deixar o local.

Logo depois, informaram que haviam sido baleados. Reis foi atingido na axila, e Marin, na mão esquerda.

O secretário disse na entrevista coletiva que o disparo contra o policial foi dado a uma distância de 60 a 70 metros.

Os dois policiais foram socorridos, mas Reis não resistiu e morreu. Marin permanecia internado em observação.

Ainda de acordo com o registro policial, não há marcas de tiros na viatura nem indícios de quem fez os disparos contra os PMs.

Reis ingressou na PM em 7 de dezembro de 2017 e, segundo a corporação, “exerceu suas funções com grande dedicação e zelo com o que lhe era confiado, sendo um profissional dedicado, amigo e exemplar.

O policial deixou a mulher e um filho de dois anos.

O corpo de Reis foi levado do quartel da Rota, na Luz, em um caminhão do Corpo de Bombeiros até o Mausoléu da PM no cemitério do Araçá, no centro de São Paulo. O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e centenas de policiais acompanharam o sepultamento no fim da tarde de sexta.

Tarcísio e o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB) se manifestaram sobre a morte em redes sociais.


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