25/01/2025

Torcedores reclamam de demora no acesso ao Pacaembu para final da Copinha

Por Lucas Lacerda/Folhapress em 25/01/2025 às 16:07

Divulgação/Allegra Pacaembu
Divulgação/Allegra Pacaembu

Torcedores do São Paulo que retornaram ao Pacaembu na manhã deste sábado (25) para a final da Copinha relataram um misto de nostalgia com ansiedade para entrar no estádio.

Muitos ficaram frustrados com a demora no acesso sob o sol forte na praça Charles Miller. Vários torcedores relatavam que o horário de entrada seria às 8h, segundo informado no aplicativo de venda dos ingressos, o Bipfut.

Por volta das 8h40, a praça já estava tomada por são paulinos, muitos com crianças, circulando entre as barracas de churrasquinho, cerveja e acessórios do clube.

Como mostrou reportagem da Folha de S.Paulo, a menos de 24 horas da disputa entre São Paulo e Corinthians pelo título da Copa São Paulo de Futebol Júnior, mais de cem operários trabalhavam para terminar detalhes de acabamento do complexo esportivo.

Ainda faltavam a instalação total de alambrado nas arquibancadas e blocos de calçamento na área oposta ao campo, perto do pátio das piscinas, do ginásio e das quadras de tênis, por exemplo.

Nos gradis de acesso ao setor norte, ainda fechados às 9h, torcedores aguardavam com impaciência. Para Sérgio Andrade da Silva, 43, a volta ao Pacaembu, que começou a passar por obras após a concessão feita há cinco anos, é uma oportunidade para apresentar o estádio ao filho, Acauã, 5.

Ele lamentou, porém, a demora para liberação de acesso ao estádio.

“Faltando uma hora para o jogo ainda aqui, não tem fila preferencial para idoso, para pessoa com deficiência, não é nem desorganizado, é que não tem organização.”

Sérgio, que mora no Rio Pequeno, no Butantã, havia chegado ao estádio às 8h e ainda aguardava às 9h.
“As finais de copinha eram públicas, para aniversário da cidade, não tinha cobrança de ingresso. Com a cobrança, deixa de ser comemorativo da cidade, é mais entretenimento como qualquer outro.”

Ele aguardava nos gradis com uma multidão de torcedores, que se estendia até a avenida Pacaembu.
Para Carlos Oliveira, a espera era ainda mais longa. Ele havia chegado de Osasco às 6h para sua primeira final de Copinha. “Só tinha visto show aqui, quando ainda era da prefeitura, mas final é a primeira vez.”

Problema, já conhecido, o assédio de flanelinhas continua. Mesmo antes da chegada ao estádio, vários deles já se espalhavam pelas ruas, inclusive no meio das vias, ainda na Dr. Arnaldo, e também na praça Centenário de Israel e na rua Alagoas, e não havia policiais por perto.

A reportagem ouviu relatos não só de preços como R$ 50 por uma vaga de estacionamento, mas até de cobrança de R$ 10 para mover cones e liberar a rua.

Apesar das dificuldades, a final da Copinha levou Denis Martinez, 48, de volta ao estádio mais de 20 anos depois. Ele estava com os filhos Denis, 14, e Lucas, 26.

“Eu vim quando fomos campeões 2006, trouxe meu filho mais velho.” Apesar dos perrengues, como o acesso controlado, com as filas andando e parando, ele estava contente com o programa. “Faz parte.”

A 15 minutos do jogo, um sósia de Roberto Carlos já se apresentava com playback perto da escada de acesso ao setor oeste, e centenas de torcedores ainda entrava no estádio.

Por volta das 10h, após o início do jogo, a reportagem registrou ao menos três camelôs pulando a contenção de um acesso ao setor norte, à direita do portão principal. Eles repassavam caixas para quem já havia conseguido pular. O movimento parou depois de um funcionário da área de acesso chamar três policiais militares.

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