Teste do coraçãozinho se torna obrigatório nas maternidades de Santos

Por Santa Portal em 26/05/2022 às 21:13

Divulgação/Prefeitura de Santos
Divulgação/Prefeitura de Santos

Todas as maternidades de Santos agora são obrigadas a realizar o teste do coraçãozinho nas primeiras horas de nascimento dos bebês. A medida foi sancionada por meio de um projeto de lei tornando obrigatório este exame nas redes pública e privada. O PL é de autoria da vereadora Telma de Souza (PT)

O exame é capaz de detectar a baixa concentração de oxigênio no sangue (hipoxemia) que caracteriza as cardiopatias críticas. A aplicação do teste é importante porque, uma vez detectada a hipoxemia, é possível antecipar tratamentos e prevenir a morte no primeiro mês de vida de um recém-nascido.

Tanto o Hospital dos Estivadores e Silvério Fontes já realizaram os testes antes. Para Renata Bravo, prefeita em exercício, a aprovação mostra que Santos segue dando prioridade à saúde de seus moradores, desde as primeiras horas de vida. “É um exame tão simples, mas fundamental para a saúde dos bebês. Com a sanção desta legislação, estamos dando maior tranquilidade às famílias e agindo em um ponto fundamental para nosso governo, a busca constante pela redução dos índices de mortalidade infantil em nossa cidade”.

Os dados da Sociedade Brasileira de Pediatria apontam que dos 52% de mortes na primeira infância no mundo (de zero a 365 dias de vida), a cardiopatia é responsável por 40% dos defeitos congênitos, sendo uma das malformações mais frequentes e a de maior mortalidade.

Segundo explica a responsável pela UTI Neonatal da Maternidade Silvério Fontes, a neonatologista Inês Regina Vieira Simião Davoglio, para o teste é usado um aparelho chamado oxímetro de pulso, que liga sensores à mão direita e em um dos pés do recém-nascido para medir a concentração de oxigênio no sangue arterial da criança. Caso a saturação esteja abaixo de 95%, o exame é repetido após uma hora. Quando o segundo resultado também estiver abaixo de 95%, o bebê é encaminhado para um ecocardiograma. “Há casos, também, em que já é dada uma medicação”.

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