Sem comorbidades, professora morre de covid-19 cinco dias após sintomas

Por #Santaportal em 12/03/2021 às 06:48

LUTO – A morte de uma professora de educação infantil de uma escola particular no bairro Pompeia, em Santos, surpreendeu pais e alunos. A rapidez como o coronavírus vitimou a docente foi mais uma prova que a situação está fora do controle. Eryka Rodrigues lecionava há 25 anos na instituição, não possuía comorbidades e veio a óbito poucos dias após os primeiros sintomas.

A última vez que Eryka compareceu ao colégio foi no último dia 3. No dia seguinte, comunicou à escola que não estava sentindo-se bem e realizou o teste rápido, que apresentou resultado negativo para covid-19. Dois dias depois, a testagem foi repetida, novamente com resultado não reagente.

Ainda assim, a funcionária realizou o exame PCR, com resultado positivo liberado no último domingo (7). A Seduc foi informada de que a professora foi internada no dia 7 e faleceu na última terça-feira (9).

Conforme os protocolos vigentes, a escola afastou toda a classe da funcionária (dez alunos) e também uma professora auxiliar. A Secretaria de Saúde de Santos destaca que a Supervisão de Ensino da rede municipal e o Programa Saúde na Escola (PSE) estão dando suporte à unidade particular. Afirma ainda que, por meio das visitas do supervisor, foi constatado que a escola está cumprindo todos os protocolos sanitários exigidos.

Nas redes sociais, ficaram as homenagens. Muitos pais, companheiros de trabalho e alunos deixando mensagens emocionantes sobre o jeito carinhoso da professora com todos.

Situação desesperadora
Em Santos, a ocupação de leitos subiu 62% em 12 dias, e atualmente está em 70% nas UTIs. “A situação é dramática e extremamente complicada. Vamos ativar mais 60 leitos em Santos, e estamos trabalhando em planos para a abertura de mais leitos”, revelou o prefeito Rogério Santos (PSDB), em coletiva de imprensa na noite de quinta-feira (11). “Nossa dificuldade é a contratação de equipes médicas. Podemos abrir mais leitos, mas as equipes estão esgotadas, a situação é muito difícil”, completou.

Rogério Santos ainda destacou que, agora, a prioridade é a saúde da população, e que a situação do comércio deve ser discutida depois. “A situação é muito mais grave do que em dezembro, onde pudemos ser mais flexíveis. O município está fazendo sua parte, as UPAs estão lotadas, mas além da pandemia de covid-19, estamos com casos de dengue e chikungunya”.

Desde o início da pandemia, Santos registrou 1.138 óbitos pela Covid-19. Outras 36 mortes estão sendo investigadas. Até o momento, 37.026 casos foram confirmados no município, sendo que 31.087 se recuperaram. Santos também já aplicou 67.415 doses da vacina na cidade.

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