15/07/2022

Secretário de saúde de SP fala sobre vacinação de crianças de 3 a 4 anos e 11 meses

Por Santa Portal em 15/07/2022 às 06:01

Reprodução/Instagram
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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, nesta semana, o uso da vacina Coronavac em crianças de 3 anos a 4 anos e 11 meses, em todo o Brasil. A aprovação acontece como forma de prevenção da doença e manifestação do vírus com evolução mais grave neste público. Em entrevista ao Caderno Regional, da Santa Cecília TV, o secretário de Saúde do Estado de São Paulo, Jean Gorinchteyn, tirou dúvidas e explicou como funcionará a vacinação.

Segundo Jean Gorinchteyn, que também é médico infectologista, a aprovação do uso da Coronavac para as crianças a partir de 3 anos ocorre em função da necessidade de imunização contra a covid-19 da maior quantidade possível da população. “Nós temos uma situação em que a proteção de todas as faixas etárias se faz de forma fundamental. Portanto, ampliar para todas as idades é o objetivo, e principalmente, com uma vacina que tem uma efetividade, uma eficácia no que tange a evitar formas graves e fatais”, explicou.

“Por outro lado, realmente, os números que nós tivemos em todo o Brasil foram mais de 12 mil crianças que, infelizmente, evoluíram de formas graves, precisando de unidades de terapia intensiva (UTI), sendo que 952 delas perderam suas vidas. Então, é fundamental essa proteção para nossa população, principalmente a população pediátrica”, completou.

A aprovação do uso da vacina pela Anvisa vale para todo o território nacional. Agora, os estados aguardam a chegada das doses. “Essa aprovação é feita pela Anvisa para todo o País, mas também, logicamente, para São Paulo, e dessa maneira dando a possibilidade de podermos fazer a vacinação assim que essa vacina for inserida no Programa Nacional de Imunização (PNI), e aí as tratativas com o Butantan estabelecidas, poderá se definir inclusive o início de um programa vacinal em todo o país.”

Até o momento, ainda não foi definida data para o início da imunização das crianças deste público. Para isso, Gorinchteyn diz que os estados esperam uma definição do PNI. “É fundamental que nós tenhamos a inserção pelo Programa Nacional de Imunização, realizada pelo Ministério [da Saúde], portanto, quanto antes nós tivermos essa inserção e a solicitação formal do Ministério para o Instituto Butantan, aí sim vai existir uma previsibilidade de quando as vacinas estarão disponíveis e distribuídas para todos os 645 municípios do estado de São Paulo”, disse o secretário.

Em São Paulo, a expectativa é de vacinas cerca de 1,1 milhão de crianças na faixa etária de 3 anos a 4 anos e 11 meses. Para isso, serão necessárias 2,2 milhões de doses da Coronavac, segundo apontado por Jean Gorinchteyn. Assim como no caso dos adolescentes e adultos, a vacina deve ser aplicada com intervalo de 28 dias até a segunda dose para as crianças do novo público. “Sem dúvida alguma, é a mesma vacina que está sendo aplicada, ela é intervalar em 28 dias, são duas doses também, dando aí sim, uma proteção. Lembrando que para as crianças, adolescentes e adultos jovens, a Coronavac tem se mostrado muito eficaz, não só na produção de anticorpos como na manutenção dessas titulações do que se chama concentração desses anticorpos por um período mais prolongado”, pontuou.

No inverno, as doenças respiratórias se tornam mais comuns, inclusive entre as crianças. Nestes casos, é preciso aguardar para tomar a vacina. “Não só as crianças, mas outras pessoas em outras faixas etárias não devem tomar vacina em curso de nenhuma doença infecciosa, seja ela uma síndrome gripal, seja diarreia. Devem, pelo menos, aguardar 15 a 30 dias dependendo da gravidade do quadro para que possam, aí sim, tomarem a vacina com segurança”, finalizou o secretário

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