Secretário de saúde de Santos aponta soluções para desafogar sistema de saúde da cidade

Por #Santaportal em 28/10/2016 às 11:36

SAÚDE – O secretário de saúde de Santos Marcos Calvo anunciou medidas para solucionar o problema de superlotação na rede pública da cidade. Pacientes que não possuem mais plano de saúde e pessoas vindas de outras cidades são os principais motivos para a demora no atendimento. Calvo falou sobre as alternativas durante coletiva de imprensa realizada ontem (27).

Em julho desse ano a prefeitura divulgou dados que apontam que os pacientes de outras cidades vêm procurando serviços médicos em Santos, e três meses depois o cenário não mudou. Calvo alegou que reuniões vêm sendo realizadas com essas prefeituras e o governo do Estado para buscar alternativas metropolitanas ou a até sonhada autonomia desses municípios.

“Há um aumento em virtude do número de paciente que deixaram de contar com o plano de saúde, e portanto vem procurar atendimento na rede pública. E também o fechamento do hospital de Cubatão e a crise crônica no sistema de urgência e emergência no serviço de saúde da cidade de São Vicente. A UPA Central e da Zona noroeste estão sobrecarregadas”, reiterou o secretário.

A medida emergencial será a contratação de novos funcionários para melhorar e agilizar o atendimento na UPA Central, que recebe diariamente cerca de 900 pacientes. A unidade foi construída para atender diariamente cerca de 600 pessoas, já que o antigo pronto-socorro Central atendia 450 pacientes por dia.

Uma das alternativas é fazer com que os pacientes em casos menos graves busquem atendimentos nos postos de saúde ao invés das unidades de pronto-atendimento (UPA), e uma campanha de conscientização será iniciada nas próximas semanas.Serão afixados faixas e cartazes nas unidades, além da entrega de folderes educativos aos usuários. Em Santos, os pacientes com suspeita de dengue, zika e febre chikungunya podem procurar a policlínica de referência da sua residência, sem necessidade de agendamento prévio.

“Nas nossas unidades, seja na UPA Central, seja ZN, entre 60 e 70% dos casos que procuram as unidades são classificado dentro do critério de avaliação de riscos como casos azuis, que não precisam ir para o pronto-socorro”, contou Calvo.

O critério é baseado no Protocolo de Manchester, sistema que promete melhorar a classificação de risco e a triagem. O paciente de emergência é classificado com a cor vermelha, o muito urgente é laranja, o urgente é amarelo, o pouco urgente é verde e o não urgente é azul.

Outra possibilidade para desafogar principalmente os casos de urgência e emergência, além de realizar partos, seria o Hospital dos Estivadores. Na semana passada a Justiça concedeu uma liminar que proíbe contrato com a Organização Social Oswaldo Cruz, que administraria a unidade, o que temporariamente anula o hospital como opção.

“Na quarta-feira (26) a procuradoria já entrou com uma medida judicial para cancelar essa liminar, nós estamos aguardando para os próximos dias que isso seja reolvido. A previsão é de que ele estivesse de portas abertas, atendendo a população, em 15 de novembro. Com essa questão judicial nos vamos ter um atraso”, explicou o secretário.

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