07/11/2022

Santa Catarina tem último bloqueio liberado; maioria dos estados tem estradas livres

Por Folha Press em 07/11/2022 às 21:00

Divulgação/PRF-PR
Divulgação/PRF-PR

Os estados de Rondônia, Mato Grosso, Pará, Santa Catarina e Paraná registraram obstruções em rodovias federais por manifestantes nesta segunda-feira (7). Os atos antidemocráticos estão perdendo força, mas novos pontos de protesto foram identificados ao longo do dia, segundo a PRF (Polícia Rodoviária Federal).

Santa Catarina, um dos estados que liderou as manifestações na semana passada, começou o dia com todas as suas rodovias federais liberadas. No meio da manhã, porém, a PRF do estado informou que manifestantes bloquearam totalmente o km 139 da BR-470, em frente à Havan de Rio do Sul. No fim da tarde, o trânsito do trecho havia sido liberado novamente após confronto com a polícia.

Mato Grosso, que chegou a ter 31 pontos de interdição na semana passada, começou o dia com um bloqueio e foi para seis no fim da tarde -três parciais e três totais. Há ainda 10 pontos com manifestantes às margens das rodovias no estado.

Rondônia, Pará e Paraná também têm estradas interditadas.

Em Novo Progresso, no sudoeste do Pará, os manifestantes chegaram a atacar a PRF (Polícia Rodoviária Federal) com pedras e tiros no momento em que policiais tentavam desbloquear o km 312 da BR-163, que segue bloqueado.

No Paraná, a Polícia Militar afirmou que há seis bloqueios parciais nas rodovias estaduais, sem registro de bloqueio total. Até o momento foram realizados 198 boletins de ocorrência por conta das manifestações nas rodovias estaduais.

Nas estradas federais, segundo a PRF, o Corpo de Bombeiros precisou ser chamado para controlar incêndio provocado por manifestantes que bloquearam totalmente, com pneus, a pista da BR-116, no quilômetro 106, no Contorno Leste, na região de Curitiba. Também há bloqueio total na BR-373, quilômetro 267, no perímetro urbano de Prudentópolis, no interior do PR.

Nos últimos dias, bolsonaristas que estão nas manifestações antidemocráticas iniciadas no domingo (30) começaram a convocar para esta segunda (7) uma possível “greve geral”, em que pedem adesão de empresários.

Um convite para o movimento com ares de locaute (greve de empresas, hoje proibida pela legislação) passou a circular em redes sociais e nos grupos de WhatsApp e de Telegram de pessoas envolvidas com as manifestações. Mas lideranças de caminhoneiros afirmaram não ter planos de parar.

Os atos contra a democracia tiveram início porque bolsonaristas não aceitam o resultado das eleições que deram vitória a Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e pedem uma intervenção militar. Na noite de quarta (2), o presidente Jair Bolsonaro (PL) publicou um vídeo em suas redes sociais em que pede a seus apoiadores para liberarem as rodovias que estão obstruídas.

“Quero fazer um apelo a você: desobstrua as rodovias, isso daí não faz parte, no meu entender, dessas manifestações legítimas. Não vamos perder, nós aqui, essa nossa legitimidade”, afirma. “Proteste de outra forma, em outros locais, que isso é muito bem-vindo, faz parte da nossa democracia.”

A ação de bolsonaristas provocou transtornos por todo o país e chegou a trazer desabastecimento de produtos -especialmente alimentos- em algumas localidades.

Supermercados, farmácias e restaurantes driblaram bloqueios.

Associações do setor de varejo se movimentaram para garantir os estoques de medicamentos e alimentos em todo o país e não deixar a população desabastecida de suprimentos básicos.

O setor de medicamentos tem feito um acompanhamento constante das rotas de entrega dos caminhões para garantir que os remédios cheguem antes que os estoques atuais em farmácias e hospitais sejam afetados.

No setor de restaurantes, a situação mais preocupante foi no estado de Santa Catarina. No Paraná, houve falta de carne e pescados. No Tocantins e em alguns estados do Nordeste, faltaram insumos, disse a Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes) na semana passada.

A associação disse que, em outras localidades, houve alerta para possíveis atrasos e cancelamentos de entregas. Paulo Solmucci, presidente-executivo da Abrasel, acredita que a situação não foi pior porque muitos bares e restaurantes já tinham abastecido significativamente os estoques por causa do feriado.

AMAPÁ
– sem ocorrências
ACRE
– sem ocorrências
ALAGOAS
– sem ocorrências
AMAZONAS
– sem ocorrências
BAHIA
– sem ocorrências
CEARÁ
– sem ocorrências
DISTRITO FEDERAL
– sem ocorrências
ESPÍRITO SANTO
– sem ocorrências
GOIÁS
– sem ocorrências
MARANHÃO
– sem ocorrências
MINAS GERAIS
– sem ocorrências
MATO GROSSO
– BR-163, km 691, em Lucas do Rio Verde. Bloqueio parcial
– BR-158, km 38, em Vila Rica. Bloqueio parcial
– BR-158, km 141, em Confresa. Bloqueio parcial
– BR-158, km 300, em Bom Jesus do Araguaia. Bloqueio total
– BR-364, km 1176, em Campos de Júlio. Bloqueio total
– BR-364, km 1125, em Sapezal. Bloqueio total
MATO GROSSO DO SUL
– sem ocorrências
PARÁ
– BR-163, km 312, em Novo Progresso. Bloqueio parcial
PARAÍBA
– sem ocorrências
PERNAMBUCO
– sem ocorrências
PIAUÍ
– sem ocorrências
PARANÁ
– PR-323, em Cianorte. Bloqueio parcial
– PR-323, em Umuarama. Bloqueio parcial
– PR-092, em Arapoti. Bloqueio parcial
– PR-487, em Campo Mourão. Bloqueio parcial
– PR-158, em Peabiru. Bloqueio parcial
– PR-280, em Marmeleiro. Bloqueio parcial
– BR-116, km 106, em Curitiba. Bloqueio total
– BR-373, km 267, em Prudentópolis. Bloqueio total
RIO DE JANEIRO
– sem ocorrências
RIO GRANDE DO NORTE
– sem ocorrências
RONDÔNIA
– BR-364, km 16, em Vilhena. Bloqueio parcial
– BR-364, km 383, em Ouro Preto do Oeste. Bloqueio parcial
– BR-364, km 423, em Jaru. Bloqueio parcial
– BR-364, km 512, em Ariquemes. Bloqueio parcial
– BR-364, km 514, em Ariquemes. Bloqueio parcial
– BR-429, km 166, em São Miguel do Guaporé. Bloqueio parcial
RORAIMA
– sem ocorrências
RIO GRANDE DO SUL
– sem ocorrências
SANTA CATARINA
– sem ocorrências
SERGIPE
– sem ocorrências
SÃO PAULO
– sem ocorrências
TOCANTINS
– sem ocorrências

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