Real Madrid sai na frente, leva susto do Kashima, mas CR7 brilha e garante título mundial

JAPÃO – Para quem imaginava um jogo no qual o Real Madrid (Espanha) ganharia facilmente, seguindo apenas um protocolo para se tornar o campeão do Mundial de Clubes da Fifa, se enganou. O Kashima Antlers (Japão) vendeu – e muito caro – a derrota para os espanhóis. No tempo normal, os dois times empataram em 2 a 2. Os merengues só conseguiram deslanchar na prorrogação, quando o astro português Cristiano Ronaldo desequilibrou, marcando dois gols e fechando o placar em 4 a 2 – o luso já havia marcado uma vez, no tempo normal -, no Estádio de Yokohama, no Japão.

A partida começou do jeito que o Real Madrid esperava. Imprimindo um ritmo forte, a equipe da capital espanhola logo abriu o placar. Aos oito minutos, Modric pegou sobra na entrada da área e chutou forte. O goleiro Sogahata soltou nos pés do atacante francês Benzema, que só teve o trabalho de empurrar a bola para o fundo das redes.

Depois do primeiro gol, o atual campeão europeu buscava ter o domínio da posse de bola e desperdiçava algumas chances. Porém, sem ampliar a sua vantagem no marcador, o Real Madrid deu espaço para que a equipe japonesa se empolgasse e passasse a assustar o goleiro Navas.

Em uma dessas jogadas, aos 44, Doi fez bom lance pelo lado esquerdo e cruzou, Varane afastou mal e Shibasaki chutou cruzado, sem chances de defesa para o arqueiro do time espanhol: 1 a 1 no final do primeiro tempo.

Na volta do intervalo, o time espanhol continuou em ritmo lento e viu o Kashima Antlers se animar com a possibilidade de uma virada. O que parecia improvável aconteceu aos sete da etapa complementar. Sergio Ramos tentou tirar o perigo de perto da sua área, mas errou e Shibasaki se aproveitou para dominar a bola na intermediária, driblar Carvajal e bater no canto direito de Navas, virando o placar para os japoneses.

O segundo gol do Kashima fez com o técnico Zinedine Zidane dar uma bronca em seus comandados e cobrar uma reação, na beira do campo. A iniciativa de Zidane deu certo e o Real Madrid logo empatou. Aos 13, Lucas Vázques sofreu pênalti. Na cobrança, no minuto seguinte, Cristiano Ronaldo deixou tudo igual: 2 a 2.

A partir do gol de empate, os merengues passaram a dominar a final. Os madrilenos criavam e perdiam grandes oportunidades de gol. No entanto, os japoneses também assustaram. Já nos acréscimos do duelo, pouco antes da prorrogação, o Kashima quase fez o gol do título. Aos 4, cruzamento da esquerda encontrou Endo no outro lado da área. No entanto, ele pegou mal na bola e jogou para fora a chance de dar a vitória para a sua equipe.

Parte física e categoria fizeram a diferença na prorrogação
Depois de um tempo normal bastante agitado, com várias reviravoltas, a prorrogação seguiu o roteiro que era aguardado antes do início do jogo. Menos desgastado do que o seu rival, o Real Madrid praticamente decidiu o título ainda no primeiro tempo da prorrogação.

Benzema deu lindo passe por dentro da defesa procurando Cristiano Ronaldo, que recebeu e bateu cruzado, sem defesa para o goleiro, recolocando o time espanhol em vantagem, aos oito minutos.

Sem desanimar, a equipe japonesa quase chegou ao empate. Aos 11, após cobrança de falta, Yuma cabeceou uma bola que acertou o travessão de Navas.

Aos 13, Carvajal fez o levantamento pela direita, a zaga cortou parcialmente, Kroos pegou o rebote e tentou a finalização, o chute saiu torto, mas acabou caindo nos pés do camisa 7 merengue. Cristiano Ronaldo teve frieza e qualidade para fazer o domínio, antes de soltar a bomba de perna esquerda, selando o triunfo do Real Madrid: 4 a 2. Este foi o quinto gol do atacante português no Mundial de Clubes.

Na segunda etapa da prorrogação, o time da capital espanhola soube administrar a vantagem até o apito final, garantindo mais um título mundial para a sua galeria de troféus.

Somando o Mundial de Clubes e a antiga Copa Intercontinental, esta foi a quinta taça de melhor equipe do mundo conquistada pelo Real Madrid.