Premiação da Fifa para Messi gera polêmica
Por Santa Portal em 23/01/2024 às 10:19
No último dia 15, Lionel Messi recebeu pela oitava vez o prêmio de melhor do mundo da Fifa. Os principais palpites de futebol indicavam que Haaland seria o vencedor, em razão da excelente temporada que fizera com o Manchester City. Mas, para surpresa geral, o nome do argentino é que foi anunciado.
Imediatamente, a escolha gerou muitos debates no mundo do futebol, e o próprio Messi parece ter ficado incomodado com a premiação, uma vez que nem sequer viajou até Londres, onde o evento aconteceu.
A polêmica pode soar estranha, uma vez que o argentino também havia vencido a Bola de Ouro, em outubro do ano passado. Mas, diferentemente da France Football, a Fifa não considerou em seu período de análise a Copa do Mundo do Catar, em que Messi foi, ao lado de Mbappé, o grande protagonista.
Dessa forma, só valia aquilo que os jogadores fizeram após o Mundial. E Messi, diga-se de passagem, não fez muito. Ele encerrou sua passagem sem brilho pelo Paris Saint-Germain e transferiu-se para o Inter Miami, equipe em que ainda não teve tempo de mostrar seu arsenal. E a liga americana, mais fraca do que as europeias, jamais foi parâmetro para um prêmio dessa dimensão.
A escolha do argentino, portanto, não pode ser sustentada por aquilo que aconteceu na última temporada. Fica evidente que Messi acabou ganhando pelo conjunta da obra. E, embora nunca seja demais premiar o craque, é preciso não trocar os pés pelas mãos.
Critérios precisam ser claros
A verdade é que a maioria dos capitães e treinadores com direito a voto escolheram Lionel Messi.
Isso mostra duas coisas: que eles entendem de futebol, mas não sabem no que estão votando. O prêmio, por óbvio, não é para o jogador com mais potencial ou para aquele que já demonstrou, ao longo da carreira, toda a sua qualidade.
Essas premiações servem para valorizar quem, efetivamente, saiu-se melhor ao longo da última temporada. Não há dúvidas de que, em uma pelada, 99,9% das pessoas escolheriam Messi em vez de Haaland.
Mas, objetivamente falando, o norueguês ficou muito acima do argentino na última temporada, tendo sido campeão e artilheiro dos dois principais torneios de clubes do mundo: a Premier League e a Liga dos Campeões.
Por isso, seria bom que a Fifa fosse mais objetiva em suas premiações, ou elas acabarão perdendo todo o sentido. Messi é um dos maiores jogadores de todos os tempos – e não é um prêmio a mais que mudará alguma coisa em seu legado.
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