28/03/2018

Pré-candidatos condenam ataque contra caravana de Lula

Por ANSA em 28/03/2018 às 19:23

BRASIL – Diversos pré-candidatos à Presidência da República reagiram ao ataque a tiros contra os ônibus da caravana que transportava o ex-mandatário Luiz Inácio Lula da Silva no Paraná.

O próprio Lula afirmou não “se abalar” com o ocorrido. “Se pensam que com pedras e tiros vão abalar minha disposição de lutar, estão errados. No dia em que minha garganta não puder mais gritar, eu gritarei pela garganta de vocês”, escreveu o ex-presidente em seu Twitter.

Sua colega de partido (PT), a ex-presidente Dilma Rousseff, lamentou o “atentado grave” cometido por “milicianos fascistas”. Por sua vez, o mandatário Michel Temer criticou o incidente nas redes sociais e pediu união entre os cidadãos. “Lamento o que aconteceu com a caravana do ex-presidente Lula. Desde quando assumi o governo, venho dizendo que nós precisamos reunificar os brasileiros. Precisamos pacificar o país. Essa onda de violência, esse clima de ‘uns contra outros’, não pode continuar”, escreveu.

Já o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), que é pré-candidato ao Planalto, afirmou que o ataque é um fato “gravíssimo”. “Não apenas o ataque a tiros contra o ônibus, que foi o ponto final de alguns dias de absurdos, uma tentativa de inviabilizar a mobilização do ex-presidente”, declarou.

A ex-senadora e ex-ministra Marina Silva (Rede) “repudiou” os ataques a Lula e as ameaças ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin. “Repudio veementemente as ameaças que vem sofrendo o ministro do STF, Edson Fachin, e sua família, e os tiros disparados contra a caravana do ex-presidente Lula. O uso da violência com motivações políticas é uma afronta ao regime democrático”, salientou.

Já o ex-governador do Ceará, Ciro Gomes (PDT), condenou o ataque e ainda pediu justiça pela morte da vereadora carioca Marielle Franco. “O ataque criminoso à caravana do ex-presidente Lula é absurdo e deve ser investigado com rigor. E repito a pergunta: quem matou Marielle?”, disse.

Por sua vez, o também presidenciável Guilherme Boulos (Psol) preferiu usar o Twitter. “Gravíssimo! Ônibus da caravana de Lula foi atingido agora por um tiro! Os fascistas ultrapassaram qualquer limite. Toda solidariedade a Lula contra as agressões. É um momento de unidade democrática e de resistência ativa. Com fascismo não se brinca”, escreveu.

Ainda no campo da esquerda, Manuela D’Ávila (PCdoB) também lamentou o ataque, em nome de seu partido. “O PCdoB repudia os atos de violência contra a caravana do ex-presidente Lula no sul do país ocorridos desde seu início”, declarou em seu Twitter.

“Nesta terça-feira (27), no interior no Paraná, assumiu a feição de atentado político, ‘de emboscada’, quando dois ônibus que transportavam jornalistas e convidados foram atingidos por balas”, acrescentou.

Por outro lado, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), disse que o PT está “colhendo o que plantou”, pois “sempre tentou dividir o Brasil”.

Pouco depois, o tucano mudou o tom e afirmou que o caso deve ser investigado. “Toda forma de violência tem que ser condenada. É papel das autoridades apurar e punir os tiros contra a caravana do PT. E é papel de homens públicos pregar a paz e a união entre os brasileiros. O país está cansado da divisão e da convocação ao conflito”, apontou.

Para o deputado federal Jair Bolsonaro (PSL), os petistas também “colhem os frutos” de seus atos. “Lula quis transformar o Brasil num galinheiro. Agora está colhendo os ovos”, afirmou.

Além disso, Bolsonaro escreveu em seu Twitter: “Tão ou mais grave que a corrupção institucionalizada pelo PT é a questão ideológica. Vitimizam-se e culpam terceiros pelos seus crimes. Brasil acima de tudo! Deus acima de todos!”.

loading...

Este site usa cookies para personalizar conteúdo e analisar o tráfego do site. Conheça a nossa Política de Cookies.