Porto de Beirute onde houve megaexplosão tem novo incêndio em armazém
Por #Santaportal em 10/09/2020 às 10:39
(Atualizado às 10h52)
PORTO DE BEIRUTE – Um armazém de óleo e pneus no porto de Beirute, no Líbano, pegou fogo nesta quinta-feira (10). O fogo está concentrado em uma área já destruída pelas explosões do último dia 4 de agosto. Equipes do Corpo de Bombeiros estão no local para controlar as chamas. Por enquanto, não há informações de feridos.
De acordo com informações do Exército, ainda não se sabe por que o óleo e os pneus pegaram fogo. Helicópteros foram enviados ao local para controlar as chamas.
Nas imagens divulgadas nas redes sociais, é possível ver uma enorme coluna de fumaça preta subindo em estruturas que desabaram no início de agosto.
As explosões do dia 4 de agosto na capital libanesa destruíram uma enorme área próxima ao porto e deixaram cerca de 200 mortos e sete mil feridos. Além disso, todos os prédios e residências próximas ao local ficaram completamente destruídos com o impacto do desastre.
Riscos no Porto de Santos
A explosão na zona portuária de Beirute chamou a atenção para os riscos envolvendo operações de cargas perigosas armazenadas no Porto de Santos. Na ocasião, um lote de nitrato de amônio causou o acidente. A mesma mercadoria é operada no cais santista.
Visando mapear como essas cargas são armazenadas e transportadas na região, o Instituto Brasileiro de Recursos Naturais Renováveis (Ibama) convocou um comitê envolvendo autoridades portuárias, municipais, estaduais e federais e propôs uma varredura no cais santista.
A Operação batizada de Relíquia, que em latim significa resíduo, terá início no próximo dia 21 . As vistorias no Porto de Santos serão realizadas até 8 de outubro e devem ser replicadas, posteriormente, em outros portos do País.
Na região, a movimentação e a armazenagem de nitrato de amônio ocorre no Terminal Marítimo do Guarujá (Termag), na Margem Esquerda (Guarujá). Na Margem Direita (Santos) não há armazenamento e, quando há operação deste produto, ela é feita com descarga direta não passando por armazéns, com a carga sendo colocada em caminhões, que já a retiram do Porto. No ano passado, mais de 2,2 milhões de toneladas de fertilizantes foram desembarcadas no cais santista.
Além do Ibama, a Autoridade Portuária de Santos, a Capitania dos Portos de São Paulo (CPSP), a Receita Federal, as polícias Federal e Militar, o Exército, a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), a Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro), a Agência Nacional de Transportes Terrestres e a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) vão participar da operação.
De acordo com a agente ambiental federal Ana Angélica Alabarce, responsável pelo Ibama na região e por convocar o comitê para monitorar os produtos químicos perigosos, serão realizadas vistorias em 55 terminais e outras três indústrias de Cubatão.
Foto: Divulgação
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