14/06/2021

Pfizer se comprometeu em ressarcir o Brasil, em caso de atraso na entrega das vacinas

Por Santa Portal em 14/06/2021 às 09:58

Em depoimento à CPI da Covid, o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello disse que um dos motivos para que o contrato com a Pfizer não fosse assinado antes foi a falta de previsão de multa para atraso nas entregas. No entanto, documentos apontam que em agosto de 2020, a empresa informou a Embaixada do Brasil que ressarciria o país em caso de atraso no envio das vacinas.

Os mesmos documentos também mostram que em 9 de novembro, diplomatas brasileiros se reuniram com a diretora de relações internacionais da Pfizer, ocasião em que esta relatou um telefonema entre o então presidente da Pfizer no Brasil, Carlos Murilo, o presidente Jair Bolsonaro e o Ministro da Economia, Paulo Guedes. Eles teriam discutido sobre o avanço da vacina contra a covid-19 no país e uma possível compra de 70 milhões de doses por parte do governo brasileiro.

No entanto, o texto de acordo para a compra de vacinas, segundo a executiva da Pfizer, não seria encaminhado ao então Ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, e sim ao Secretário Especial de Comunicação Fábio Wajngarten.

A CPI da Covid quer aprofundar a investigação sobre a existência de um gabinete paralelo que preste assessoria ao presidente Jair Bolsonaro, sobre assuntos de saúde e combate à pandemia.

Em depoimento à CPI no mês passado, Wajngarten, que deixou o governo em março, disse não ter negociado com a farmacêutica. “Eu não tratei desse assunto. O meu intuito foi criar atalhos para que a população brasileira tivesse acesso a melhor vacina”, disse.

Segundo a CPI, a Pfizer ficou sem resposta ou recebeu proposta sobre a vacina em outras 80 vezes.

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