06/08/2021

Pets precisam de alimentação especial e estímulos; saiba como

Por Bárbara Silva em 06/08/2021 às 06:27

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Com o isolamento por conta da pandemia da covid-19, muita gente foi atrás de adquirir pets para fazer companhia. Já se passou um ano e meio, e a nutróloga de animais Aline Malta conta que percebeu que, assim como o tutor acabou mudando os hábito alimentares durante a quarentena, o cão mudou também.

“Como a pessoa está mais em casa, assim como em um fim de semana, acha que por ser fim de semana pode ‘se dar’ coisa extra, e dá ao animal também”, diz. Ou seja, se o dono engordou, o animal acabou engordando junto.

Por isso, ela afirma que é necessário passar por um veterinário para saber qual o tipo de ração adequada ao animal. “Se usa uma escala para ver se está acima ou abaixo dentro da escala de condição corporal. É usado geralmente o peso corporal, quando sente [com a mão] com muita dificuldade as costelas, os ossos, já é identificado que está acima do peso”, explica. Por isso, além da definição do tipo de ração (se precisa ser mais ou menos calórica, dependendo da condição do animal), é estipulada uma quantidade necessária que deve ser dada ao animal diariamente para manter o peso ideal. A nutróloga recomenda, também, o uso de uma balança de cozinha para pesar a quantidade de alimento ideal no dia a dia.

“É fundamental pensar que para o cão e o gato, o consumo precisa ser equilibrado com o gasto energético – ou seja, o que ele come tem que estar adequado com o que ele gasta”.

Para dar o primeiro passo, Aline recomenda que quando for levar o animal ao veterinário, o tutor deve levar a ração e explicar os hábitos do animal. Assim, o profissional pode recomendar o tipo de ração mais adequado e os hábitos de vida mais saudáveis para o pet.

Estímulos

Além da alimentação, os pets precisam de estímulos para manter a forma. No caso dos gatos, que são animais que costumam ficar mais em casa, a nutróloga recomenda brinquedos em locais mais altos (isto é, dentro da segurança da casa), que ativem o instinto de caçador do gato e façam com que ele salte para capturar o objeto. Outra boa opção é um brinquedo mais interativo.

Já para cães, vale de tudo – dependendo, é claro, do porte, raça e idade do cachorro. “O labrador, por exemplo, é um cão mais ativo que precisa de um tutor mais disponível, de estímulo. Tem raças de cachorro que são mais tranquilas, mas outras, podem desenvolver estresse, lamber muito as patas, se morder, e até aprontar em casa por falta de atividade”, explica Aline.

Em caso de pets idosos, o cuidado precisa ser redobrado. Segundo a nutróloga, é comum que quando mais velhos os cachorros ganhem mais peso, ainda mais porque a maioria consome uma ração que não é mais adequada para sua faixa etária. “Geralmente se adequa a quantidade do alimento. Um cão que a atividade de gasto energético é de 800kg, passa por 600kg”. Em questão de atividades físicas, os cachorros mais velhos não costumam mostrar disposição para brincadeiras e passeios longos como os filhotes ou adultos. Por isso, é recomendado manter o estímulo visual, andar com ele e deixá-lo livre para andar pela casa, respeitando, é claro, possíveis lesões que possa ter.

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