Petroleiros protestam contra demissões em terceirizada da refinaria de Cubatão

Por Santa Portal em 08/11/2021 às 11:08

Petroleiros da refinaria Presidente Bernardes de Cubatão (RPBC) iniciaram uma manifestação na manhã desta segunda-feira (8), em frente à portaria dez, contra a demissão de 150 trabalhadores da empresa terceirizada Método Engenharia. Segundo o Sindicato dos Petroleiros do Litoral Paulista (Sindipetro), a empresa não teria mais condições financeiras de operar na refinaria.

De acordo com o coordenador do Sindipetro, Fabio Mello, a demanda é que os trabalhadores terceirizados possam ser absorvidos pela empresa que receber o contrato para atuar dentro da refinaria.

“No mês passado conseguimos fazer uma manifestação, fazer com que a Petrobras e a Justiça conseguissem liberar as medições dos meses anteriores, diretamente para que o sindicato da construção civil pudesse efetuar o pagamento”, conta.

“Agora tem a notícia de que a empresa não vai continuar performando na RPBC, o que é um absurdo. A atual gestão da Petrobras está optando por contratos rebaixados, por empresas sem laços financeiros, e a história vem se repetindo. Foi assim com várias empresas, que vêm quebrando e deixando os trabalhadores à míngua”.

Foto: Divulgação/Sindipetro

Os petroleiros paralisaram as atividades em 15 de outubro para cobrar seus direitos. Naquele dia, a Método Engenharia havia dispensado os trabalhadores do serviço por meio de aplicativo, e suspendeu os veículos que faziam o transporte diário dos petroleiros.

Segundo a sub-sede de Cubatão do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e Mobiliário de Santos (Sintracomos), o salário de setembro foi atrasado, junto com o vale alimentação e refeição. O plano de saúde estava suspenso há três meses, a empresa não depositava os valores do FGTS e não pagou as rescisões contratuais de vários funcionários à época.

Além dos trabalhadores terceirizados, a manifestação apoia a greve nacional dos caminhoneiros autônomos, que teve início na última segunda-feira (1) e protesta contra a alta do preço dos combustíveis. As demandas da categoria são a revisão da política do preço dos combustíveis, a aposentadoria especial a partir de 25 anos de contribuição e o cumprimento do piso mínimo do frete.

“A política de paridade de importação está matando os brasileiros. O Brasil é o 9º maior produtor de petróleo do mundo. Não é possível a gente ter uma economia de combustíveis polarizada, pagando preço de importado, como se o Brasil não tivesse uma refinaria sequer”, declara o coordenador.

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