Parte dos funcionários da Cursan volta ao trabalho hoje (4) em Cubatão

Por #Santaportal em 03/08/2016 às 13:29

CUBATÃO – Os 140 empregados da Companhia Cubatense de Urbanização e Saneamento (Cursan), representados pelo Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil (Sintracomos), que estão em seu 14º dia de greve, retornarão ao trabalho nesta quinta-feira (4).

Em assembleia na manhã de hoje(3) eles aceitaram sugestão da juíza Ivani Contini Bramante, do Tribunal Regional do Trabalho (TRT-SP), feita em audiência de instrução e conciliação, na tarde de ontem (2), em São Paulo.

Os trabalhadores só não retornaram hoje (3) porque a empresa de economia mista controlada pela prefeitura não pagou o vale-transporte. Eles esperam que os valores sejam creditados durante o dia para ida e vinda do trabalho a partir de amanhã (4).

Conforme proposta do presidente do sindicato, Macaé Marcos Braz de Oliveira, a categoria aguardará até quarta-feira da próxima semana (10), quando os salários, também por sugestão da desembargadora, deverão ser depositados. Nesse mesmo dia 10, ponderou a juíza, a Cursan deve regularizar os benefícios atrasados da cesta-básica, férias e vale-refeição. E, no dia 30, pagar os cartões bônus (gifts) em atraso, mas na audiência, a empresa não garantiu que pagará.

Para Macaé, a decisão da assembleia “é um voto de respeito à Justiça do Trabalho, além de colaborar para a empresa manter suas atividades, vender serviços e angariar recursos para quitação das dívidas trabalhistas”.

Para a renovação do acordo coletivo de trabalho, o TRT propôs reajuste de 10%, sendo 5% na data-base de maio e 5% em janeiro de 2017, com aplicação do percentual nas demais cláusulas sociais.

A desembargadora propôs também o pagamento dos dias de greve, a partir de 21 de julho, alegando que a paralisação não se deu apenas por causa da campanha salarial, mas também contra salários e benefícios em atraso. A empresa não aceitou, alegando situação econômica difícil, bloqueio judicial de contas bancárias e um passivo de R$ 78 milhões no exercício de 2015. Propôs apenas garantia de emprego por um ano, sem reajuste salarial na data-base.

As assembleias são sempre na portaria do setor de obras (som) da empresa, na Rua Papa João Paulo II, 71, bairro Sítio Cafezal, ao lado do almoxarifado central da Prefeitura. A próxima será no dia 10.

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