Orquestra Sinfônica de Santos flerta com o rock e lota teatro paulistano

Por Santa Portal em 19/06/2022 às 07:50

(Foto: Divulgação)
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A Orquestra Sinfônica Municipal de Santos (OSMS) uniu música clássica com o rock para celebrar os 40 anos do rock no Brasil, com o espetáculo ‘Clássicos do Rock’, na noite de sexta-feira (17), no lotado Teatro Sérgio Cardoso, na Bela Vista, em São Paulo.

O show, gratuito, teve direção e regência dos maestros Luís Gustavo Petri e José Consani. No ‘altar’, ícones do rock como Philippe Seabra (da Plebe Rude), Ritchie, Supla e Fernanda Abreu. Com 48 instrumentistas, a Orquestra contou com reforços da banda de rock formada pelos músicos Cristopher Clark (voz), Bruno Silveira (bateria), Mauro Hector (guitarra) e Paulo Faria (baixo). O evento relembrou o concerto realizado no réveillon de 2019, que levou mais de 150 mil pessoas às areias da praia do Gonzaga, em Santos.

Secretário de Cultura de Santos, Rafael Leal citou que só foi possível realizar o show graças a apoios importantes, como o do Governo do Estado, e lembrou que o primeiro formato deste tipo de apresentação foi para homenagear os profissionais de Saúde, que trabalharam na linha de frente no combate à pandemia do covid-19. Também fez uma menção especial a Philippe Seabra, Supla, Ritchie e Fernanda Abreu “por terem acreditado na nossa loucura e terem saído das suas zonas de conforto”. 

O show Clássicos do Rock foi uma realização da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, Secretaria de Cultura de Santos e Amigos da Arte, com apoio institucional do Teatro Sérgio Cardoso.

Orquestra de Santos Rock
(Foto: Divulgação)

Coube a Cristopher Clark dar boas-vindas à plateia, com “Burn” do Deep Purple. Depois do repertório internacional, ele, os músicos da banda e a orquestra levantaram a sala com “Há tempos”, da Legião Urbana.

O maestro Luís Gustavo Petri interagiu bastante com a plateia, brincando de se sentir com 21 anos e revelando um passado de roqueiro adolescente.

Todo de preto, com gravata preta, nada lembrando as roupas que vestia quando jovem que, de Brasília (DF), passou a tomar conta do País com a Plebe Rude, Philippe Seabra abriu sua participação com ‘Proteção’ e, ao final, observou, sobre a atualidade da letra: “Esta música não foi escrita hoje”. Depois, emendou a clássica “Até quando esperar”. 

Antes da apresentação, o vocalista da ‘Plebe’ avaliava que dá certo a mistura de rock com música clássica, e revelou ter um projeto para mapear os locais por onde o rock passou por Santos. A Plebe Rude marcou forte presença na Cidade na década de 80, em icônicos espaços como o Caiçara Music Hall (shows que lotavam o Caiçara Clube, no José Menino, nas noites de sábado).

Cristopher Clark voltou à cena com a também atualíssima “O tempo não para”, de Cazuza. Na sequência, o maestro pediu a todos que observassem como o violino podia fazer as vezes de uma guitarra. Encantado, o público viu uma versão bem diferente de “Sweet Child O’Mine”, dos Guns N’Roses.

Assim como o rock, “A vida tem dessas coisas”, e foi uma bacana versão deste clássico que Ritchie abriu sua apresentação no Teatro Sérgio Cardoso para depois emplacar a famosa do “abajur cor de carne”, “Menina veneno”.

Sob gritos de ‘Papito’, Supla subiu ao palco e “como parecia tudo tão irreal” mandou “Something”, dos Beatles para, na sequência, emplacar “Garota de Berlim”, clássico de sua ex-banda Tokyo. Supla ainda “invadiu” a bateria de Bruno Silveira por alguns instantes, antes de arremessar a baqueta para o público.

Nos bastidores, o ex-vocalista do Tokyo falou de sua forte relação com Santos. É torcedor fanático do Peixe e, assim que foi contatato pela Secretaria de Cultura de Santos para participar do ‘Clássicos do Rock, fez um passeio no Centro Histórico de Santos e no Estádio Urbano Caldeira.

Ícone da lendária Blitz, Fernanda Abreu decidiu levar, com sua voz, Herbert Vianna (dos Paralamas do Sucesso) para o palco, com “Um amor, um lugar” feita em parceria com Herbert Vianna. E, como não podia faltar, emendou com “A dois passos do paraíso”, da Blitz, cantando em parceria com a plateia.

Com Cristopher Clark, Philippe Seabra na guitarra, Fernanda Abreu e Ritchie, a celebração dos 40 anos do rock brasileiro terminou com “Bete balanço” (Barão Vermelho). A julgar pela empolgação da plateia, o rock brasileiro pode continuar seguindo sua estrela.

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